24 fevereiro 2006

UFRJ já tem células-tronco embrionárias humanas

Olhe bem para a foto ao lado: você está vendo a primeira colônia de células-tronco embrionárias humanas (CTEHs) cultivada no Brasil. A colônia já está se desenvolvendo desde dezembro, mas sua existência ainda não tinha sido publicamente anunciada por Stevens Kastrup Rehen, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que coordena o primeiro laboratório nacional a ter sucesso no cultivo.
As CTEHs são células polivalentes ("pluripotentes", no jargão biotecnológico), capazes de assumir a forma de qualquer outra célula do corpo humano (sangue, osso, cérebro, músculo etc.).

Com esse potencial regenerador, as células-tronco embrionárias se tornaram as vedetes da pesquisa biomédica. Mas não há ainda nenhum tratamento com CTEHs desenvolvido, testado e disponível para o público.
As células do grupo de Rehen estão no Brasil, mas não são propriamente brasileiras. Ele as trouxe ao país em junho de 2005, quando retornou de uma temporada de cinco anos nos EUA, onde fez pós-doutorado na Universidade da Califórnia em San Diego e no Instituto de Pesquisa Scripps. São células obtidas de embriões pelo grupo de Douglas Melton, da Universidade Harvard.
CTEHs da mesma procedência foram recebidas por outros cientistas brasileiros, como Lygia da Veiga Pereira, da USP. Ela chegou a ser convocada para dar esclarecimentos à polícia sobre a importação, pois ainda não havia decisão no país quanto a permitir ou não a pesquisa com embriões. Quando a Lei de Biossegurança foi aprovada, Pereira descongelou parte da amostra, mas todas já estavam diferenciadas.
Rehen, ao lado de Pereira, é o responsável pela criação do Instituto Virtual de Células-Tronco (www.ivct.com.br), que tem por objetivo disseminar padrões e técnicas de cultivo de CTEHs por laboratórios nacionais.
Os dois laboratórios fazem parte do grupo de 45 que receberam financiamento do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) para pesquisar células-tronco, mas só o de Rehen recebeu a primeira parcela, de R$ 100 mil. Ele vai agora empregar o dinheiro e as células obtidas para pesquisar alternativas de meios de cultura para as CTEHs, na tentativa de simplificá-los e barateá-los.
Em paralelo, o grupo da USP e o da UFRJ estão colaborando para estabelecer as primeiras linhagens de CTEHs criadas no país, a partir de embriões congelados em clínicas de reprodução assistida.
Fonte: Folha de São Paulo

3 Comments:

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