16 março 2006

Fisioterapia respiratória

Poderá ser utilizada junto ou separadamente dos outros recursos. A ELA é classificada como uma doença restritiva, por causa do seu comprometimento muscular. Devendo ser enfatizado a desobstrução e reexpansão pulmonar, evitando assim atelectasias e infecções respiratórias.
Os exercícios respiratórios deverão ser feitos para aumentar as capacidades vital, inspiratória e pulmonar total e o volume corrente; e diminuir a freqüência respiratória. Para isso deverão ser utilizados como exercício: a estimulação e conscientização diafragmática, treino muscular ventilatório (utilizando pesos para fortalecer o diafragma e treino de resistência inspiratória), respirações segmentar, glossofaríngea e com freno labial; estimulação costal, TEMP, a utilização de incentivadores respiratórios (nem todos pacientes poderão ou terão condições de utilizar); e padrões ventilatório seletivos. Alguns autores enfatizam a não utilização de treinamento muscular respiratório, para não precipitar o desgaste dos mesmos. Por isso se realizado deve se ter cuidado com a fadiga muscular a qualquer sinal dessa deve-se fornecer descanso ao paciente. Nos pacientes com secreção utiliza-se: a aerosolterapia, as técnicas de tosse, TEMP, a drenagem postural (não poderá ser adotado para todos os pacientes, pois algumas posições o levarão há hipóxia), percussão, vibração, compressão costal, tapotagem e o FLUTTER VRP1.
Os exercícios respiratórios poderão ser combinados entre si, ou com técnicas de drenagem, ou com exercícios motores .
A utilização da ventilação não invasiva (VNI), poderá retardar a insuficiência respiratória, através da redução do desgaste excessivo dos músculos respiratórios .
Na fase tardia da doença torna-se necessário a utilização de traqueostomia na maioria dos casos, também será utilizada em pacientes que apresentam a forma bulbar que são ventilados de forma não invasiva, para ventilar mais eficaz e melhorar a remoção de secreções .
Deve-se sempre monitorar a SaO2 e da PETCO2 durante a VNI, principalmente em períodos noturnos, com o objetivo de evitar hipoxemia, hipercapnia e se necessário a utilização de suporte ventilatório invasivo.
Todos os métodos utilizados deverão levar em consideração o estado do paciente e a sua evolução, que deverão ser identificado durante a avaliação e o tratamento, por a ELA ser uma doença progressiva devemos sempre está observando o estado geral do paciente, para não forçá-lo demasiadamente, e deve-se sempre estar adaptando os métodos utilizados à progressão da doença, tirando ou adaptando recursos que melhor se adapte a evolução. O fisioterapeuta deverá ter cuidado para não fadigar o paciente tanto na fisioterapia respiratória quanto na motora, pois este pode vir a ter câimbras, aumentar a espásticidade ou entrar em hipoxemia. E com o objetivo de melhorar a independência de alguns doentes dentro de casa poderá ser utilizada a cadeira de rodas elétrica e um ventilador portátil.
Pesquisa realizada por John Bach em seus pacientes, onde foram obtidos os seguintes resultados: 89 pacientes sobreviveram em media 4.4 - 3.9 anos (variando de 01 mês a 26.5 anos), com suporte ventilatório invasivo (06 por mais de 10 anos e 03 por mais de 14 anos) 37 pacientes continuaram vivos. NIPPV por 24 horas por dia retardou ou evitou a traqueostomia em 25 pacientes. 27 pacientes bem sucedidos com VNI: com mais de 16 h/dia por 04 - 06 meses; enquanto com 24 h/dia, com menos de 15 minutos de respiração espontânea, por 19.7 - 20.3 (variando de 01 a 65 meses) antes da traqueostomia para 14 pacientes. 24.1 - 15.6 (04 a 50 meses) para 07 pacientes que morreram sem ser entubados. 30.3 - 20.0 (01 a 51 meses) para 06 pacientes usando VNI.

1 Comments:

At 12:00 PM, Anonymous Anônimo said...

I like it! Good job. Go on.
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