28 setembro 2006

Cientista croata descobre processo para reverter morte de célula

O cientista croata Miroslav Radman descobriu um processo para reverter a morte de uma célula, e esta importante descoberta poderia ser usada na criação de remédios para recuperar neurônios mortos, informa hoje o jornal croata "Jutarnji List".
Trata-se da bactéria Deinococcus Radiodurans, cujas células DNK foram quebradas por fortes radiações em centenas de partículas, o que para qualquer célula significa a morte.
"A Deinococcus ''aprendeu'' como encaixar novamente na ordem correta as centenas de fragmentos de seu DNK em um genoma funcional.
Assim, a Deinococcus desenvolveu a capacidade de ''sobreviver à morte'', e nós descobrimos como funciona esse processo", disse Radman ao jornal.
A informação completa sobre a descoberta será publicada em 5 de outubro na revista científica "Nature", e que no mesmo dia haverá uma entrevista coletiva sobre o tema em Paris.
Radman, de 62 anos, é professor na Faculdade de Medicina do Instituto Necker, em Paris, membro da Academia de Ciências Francesa e fundador e chefe do Instituto Mediterrâneo para a Pesquisa da Vida (MedILS) em Split, na Croácia.
O cientista afirma que a pesquisa se deve ao trabalho iniciado pelos outros membros de sua equipe, a metade deles croatas do instituto científico "Rudjer Boskovic" de Zagreb.
Os pesquisadores disseram ao jornal que o processo descoberto poderia ser usado para a criação de novos remédios, que poderiam recuperar neurônios semi-mortos ou mortos.
Fonte: Agência Efe

27 setembro 2006

Testosterona demais mata células cerebrais, diz estudo

O excesso de testosterona pode matar células cerebrais, disseram pesquisadores na terça-feira, numa conclusão que pode explicar por que o abuso de esteróides provoca agressividade e tendências suicidas.
Testes em laboratórios mostraram que, embora um pouco do hormônio masculino seja bom, seu excesso causa uma autodestruição das células, num processo semelhante ao verificado em doenças como o mal de Alzheimer.
"Testosterona de menos é ruim, demais é ruim, mas na medida exata é perfeito", disse Barbara Ehrlich, da Universidade de Yale (EUA), que comandou o estudo.
A testosterona é essencial para o desenvolvimento, diferenciação e crescimento das células. É produzido por homens e mulheres, mas os homens têm cerca de 20 vezes mais.
No esporte, o uso de esteróides ¿que o organismo transforma em hormônio¿ dá uma vantagem indevida a atletas e é punido.
"Outras pessoas demonstraram que altos níveis de esteróide podem provocar mudanças comportamentais", disse Ehrlich por telefone. "Podemos mostrar que quando há altos níveis de esteróides, há muita testosterona, e isso pode destruir as células nervosas. Sabemos que quando se perde células cerebrais perdem-se funções."
Por uma questão de justiça, a experiência foi feita também o estrógeno, o hormônio feminino. "Ficamos surpresos, pois na verdade parece que o estrógeno é neuroprodutivo. Mesmo que não for, há menos morte de células cerebrais na presença do estrógeno", afirmou ela.
Em artigo na Journal of Biological Chemistry, Ehrlich e seus colegas disseram que as pessoas devem pensar duas vezes antes de tomarem complementos de testosterona, mesmo que isso aumente a massa muscular e ajude na recuperação após o exercício.
"Esses efeitos da testosterona sobre os neurônios terão efeitos de longo prazo na função cerebral", escreveram. "Da próxima vez que um cara musculoso em um carro esporte lhe fechar na rua, não fique louco ¿só respire fundo e pense que isso pode não ser culpa dele", disse Ehrlich em uma nota à imprensa.
A célula exposta ao excesso de testosterona morre por um processo chamado apoptose, também chamado de célula suicida ou morte programada da célula.
"A apoptose é algo importante para o cérebro ¿o cérebro precisa se livrar de algumas das células. Mas quando acontece com muita freqüência, você perde células demais, e isso causa problemas."
Fonte: Reuters

25 setembro 2006

A FAMÍLIA, O CUIDADOR E A PESSOA DOENTE: DESAFIOS NA ATUALIDADE

3ª Jornada dia 30 de setembro – sábado: das 8h30 às 13h
Coordenador: Dr. Luiz Miller de Paiva
8h30 às 9h: inscrições
9h – Gerações Vinculares de Família
Dr. Décio Gilberto Natrielli
9h30 – Conflitos Familiares
Dra. Eliana Maria Jadão Pous
10h – Intervalo
10h30 – A Família, o Cuidador e a Pessoa Acometida por Esclerose Lateral Amiotrófica
Dra. Vania de Castro Moreira
11h – Campo Dinâmico na Relação Família, Cuidador e Paciente
Dr. Ezequiel José Gordon
11h30 - Debate
Informações Gerais:
Inscrição / Local
Associação Paulista de Medicina
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 278 - São Paulo - SP
Tel.: (11)3188-4252 - Departamento de Eventos
E-mail: eventos@apm.org.br
Informações para Inscrição:
Depósito bancário: Banco Itaú S/A. Agência 0251; C/C: 43.883-4, nominal à Associação Paulista de Medicina. CNPJ: 60.993.482/0001-50. Enviar via fax (11)3188-4255, a ficha de inscrição preenchida, com letra legível, comprovantes de depósito e de categoria. Pessoalmente: Departamento de Eventos - 7ºandar - das 9h às 19h.
Estacionamentos:
Rua Francisca Miquelina, 67 (Exclusivo aos sócios da APM)
Rua Genebra, 296 (Astra Park - 25% desc.)
Av. Brigadeiro Luís Antonio, 436 (Paramount - 20% desc.)
Observações:
1. Em caso de desistência, a solicitação de cancelamento de inscrição será aceita somente por escrito pelo fax (11)3188-4255 ou por e-mail: eventos@apm.org.br até 5 dias antes da realização do evento. As inscrições canceladas após este prazo não serão reembolsadas. O reembolso, quando devido, corresponderá a 70% do valor pago, e será efetuado após a realização do evento.
2. As pré-inscrições serão aceitas até 5 dias antes de cada evento/ data.
3. Não serão aceitas inscrições com nota de empenho.
Investimento por data:
Sócio APM (Efetivo e Residente) R$30,00
Sócio APM (Acadêmico) R$20,00
Acadêmico de área não médica R$20,00
Não sócio da APM (Médico, Residente e Acadêmico) - R$50,00
Outro Profissional - R$50,00

22 setembro 2006

Cientista diz ter extraído células-tronco de embrião morto

O cientista sérvio Miodrag Stojkovic, um dos pioneiros na clonagem de embriões humanos, anunciou hoje que conseguiu extrair de um embrião morto as células-tronco que podem ser usadas para o tratamento de muitas doenças graves.
"Trata-se de uma grande contribuição à ciência e ao debate sobre se os embriões excedentes devem ser usados para propósitos científicos e médicos. Nossos resultados mostram que a resposta é positiva", disse o especialista, em declarações à agência de notícias sérvia "Beta".
Os embriões excedentes são uma fonte muito valiosa do conhecimento sobre como surgem as doenças humanas, sobre o início do desenvolvimento humano e as possibilidades de cura através das células-tronco", acrescentou.
Explicou que são embriões de entre 8 e 16 células, cujo desenvolvimento parou em uma fase adiantada e que sempre são descartados por serem considerados mortos.
"Metade dos embriões param em seu desenvolvimento por razões desconhecidas, mas nós conseguimos obter também desses embriões as células-tronco que são indiferenciadas", acrescentou o cientista.
Stojkovic disse que destas células-tronco é possível obter células dos nervos, do fígado, da medula espinhal, do tecido muscular, entre outros.
Acrescentou que o objetivo de suas pesquisas é desenvolver tratamentos para algumas doenças graves, como as cardiovasculares, o diabetes e lesões da medula espinhal.
O cientista trabalhou na Universidade de Newcastle (Reino Unido), onde sua equipe foi a primeira a clonar um embrião humano na Europa, em maio de 2005.
Fonte: Agência EFE

21 setembro 2006

Células-tronco conseguem restaurar parcialmente visão de ratos

Cientistas americanos demonstraram que células-tronco humanas embrionárias restauraram parcialmente a visão de ratos e podem se tornar uma fonte de transplante para pessoas com doenças oculares. O estudo foi coordenado por Robert Lanza, pesquisador do Advanced Cell Technology, em Worcester, nos EUA.
As células-tronco embrionárias têm potencial para se diferenciar em todos os tipos de tecido no corpo humano. Os cientistas transplantaram células-tronco em ratos que passaram por modificações genéticas para ter problemas oculares, que normalmente os tornariam cegos.
Depois do transplante, os ratos conseguiram seguir luzes com os olhos. Quando os animais foram mortos e examinados pelos pesquisadores, foram observadas camadas de células de retina.
As células-tronco transplantadas cresceram normalmente e não formaram tumores, um risco associado a pesquisas com esse tipo de célula.
"Essas doenças são muito sérias. A degeneração macular afeta 30 milhões de pessoas em todo o mundo. O mal também é a principal causa de cegueira em pacientes acima de 60 anos nos Estados Unidos."
Fonte: Folha Online

19 setembro 2006

1º SIMPÓSIO MULTIDISCIPLINAR SOBRE CÉLULAS-TRONCO

Dias 08,09 e 10/11/2006
O tema células-tronco tem despertado um enorme interesse das comunidades científica e civil, basicamente pelas inúmeras possibilidades terapêuticas que se vislumbram atualmente. A partir da descoberta de novas populações de células-tronco, o foco principal da atenção tem-se voltado para possibilidades de manipulação, sua diferenciação e capacidade de auto-renovação. Vários estudos estão sendo realizados com o intuito de melhor conhecer sua fisiologia, de identificar marcadores moleculares e celulares e de desvendar os mecanismos relacionados a sua ação de remodelação. Este evento pretende ser um fórum de discussões a respeito dos mais recentes avanços na área de células-tronco embrionárias e de adultos, desde sua manipulação in vitro até suas aplicações em protocolos clínicos.
http://proex.epm.br/eventos06/celulatronco/



18 setembro 2006

Um edifício estranho dedicado à biomedicina

Um instituto de pesquisa biomédica em Chengdu, na China, pretende mostrar que está realmente comprometido com os princípios científicos construindo um edifício inovador, inspirado nas células. As protuberâncias na superfície do prédio são salas de reunião e representam as proteínas embutidas na membrana da célula. As piscinas interiores, com formato de mitocôndria (organela celular responsável pela produção de energia no organismo), são surreais.
O design pode parecer jocoso e até grotesco, mas a intenção é séria, diz Shuguang Zhang, diretor do Centro de Engenharia Biomédica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts que trabalhou com Sloan Kulper e Audrey Roy, formados pelo MIT, para tornar realidade seu sonho de 'arquitetura inspirada na biologia'.
'A natureza criou tudo isso em bilhões de anos e finalmente os humanos entenderam', diz o fundador do Instituto de Nanotecnologia Biomédica e Membranas Biológicas de Chengdu.
MOTIVAÇÃO PARA O ESTUDO
Há quem não compartilhe do entusiasmo de Zhang, mas para ele os edifícios padrão, com suas linhas retas e formatos de caixa convencionais, são 'maçantes'.
Obras mais imaginativas - como as do mestre catalão Gaudí ou de Frank Gehry (o arquiteto do Museu Guggenheim de Bilbao) - são as que repercutem, explica. 'As pessoas se viram para olhar', diz, 'gostem ou detestem', e as crianças podem ficar motivadas a aprender biologia.
Zhang diz ter recusado uma dezena de projetos de Kulper, ex-aluno do MIT, antes de aprovar o atual projeto. 'Alguns pareciam queijo suíço', lembra. 'Outros pareciam um bolo.' Ele calcula que a construção custará US$ 12 milhões. O projeto ainda está na fase de levantamento de fundos.
O biomédico duvida que o pública vá detestar tanta ousadia arquitetônica. 'É biologia', diz. 'Quantas pessoas odeiam árvores? Quantas odeiam as conchas marinhas e os cogumelos?'
'Quando a Torre Eiffel foi construída', apela, 'muitas das pessoas em Paris a detestaram. Hoje é o símbolo da cidade'.
Fonte: O Estao S.Paulo

14 setembro 2006

URGENTE - CURSO DISTROFIA - NOVA DATA

COMUNICADO IMPORTANTE
MUDANÇA DE DATA - II Encontro sobre Distrofia Muscular
O II ENCONTRO SOBRE DISTROFIA MUSCULAR terá nova data.
Pedimos desculpas por qualquer inconveniente causado pela mudança do dia do evento, que aconteceria no sábado16/09.
Divulgaremos o novo dia e local, tão logo tenhamos os novos dados do II Encontro sobre Distrofia Muscular
Qualquer dúvida, esteja à vontade para entrar em contato conosco.
Maiores informações pelo e-mail dica@movitae.bio.br ou pelos telefones: (11) 3073-0160 e (11) 3073-0849 fax: (11) 3167-0500 com Dica ou Andréa
Obrigada,
Dica e Andréa
Movitae - Movimento em prol da Vida
tel.: (11) 3073-0849
fax: (11) 3167-0500
www.movitae.bio.br

MOVITAE - Movimento em prol da Vida
ABDIM - Associação Brasileira de Distrofia Muscular
CEGH - Centro de Estudos do Genoma Humano

13 setembro 2006

Prevenção de escaras

HU desenvolve protocolo para prevenção de úlcera por pressão e diminui lesões em 80%.

O Hospital Universitário (HU) da USP desenvolveu um protocolo de prevenção para reduzir as úlceras de pele dos pacientes internados. Essas lesões diminuíram mais de 80% no Hospital e sua incidência média no HU é de 6%, enquanto a de outras instituições do País fica em torno de 45%. Úlceras de pele são lesões que surgem quando a pressão externa é maior que a dos vasos, provocando um achatamento e interrompendo o fluxo do sangue e do oxigênio, o que causa a morte dos tecidos.
O protocolo, desenvolvido por uma equipe multidisciplinar do Hospital, foi implantado em meados de 2005. Ele foi posto em prática com o auxílio da Educação Continuada e dos enfermeiros do Grupo de Estudos em Estomaterapia, que iniciaram a conscientização e o treinamento dos demais profissionais do Departamento de Enfermagem. O HU pretende implementar esse protocolo em todas as suas unidades de internação. Resultados iniciais obtidos pela equipe preocuparam os estudiosos: o Brasil apresentava números elevados em comparação aos índices internacionais e não havia no País estudos relacionados ao tema.
Atualmente, todos os pacientes que dão entrada nas unidades de internação do HU são submetidos à Escala de Braden, avaliação que indica o risco do paciente em desenvolver as úlceras. Segundo a enfermeira Noemi Marisa Brunet Rogenski, diretora da Divisão de Enfermagem Cirúrgica, qualquer pessoa pode desenvolver úlceras por pressão, basta ficar muito tempo sem se movimentar. "As pessoas mais suscetíveis são aquelas com baixa percepção sensorial, idosos cuja pele é mais frágil, as mal nutridas e os portadores de incontinência fecal ou urinária", esclarece.
Apesar dos cuidados dispensados, alguns pacientes desenvolvem os ferimentos. De acordo com Noemi, isso ocorre devido a problemas do próprio paciente, como doenças associadas e utilização de medicamentos de uso contínuo, que podem interferir na tolerância da pele. Para amenizar os incômodos causados pela doença, o HU adquiriu colchões mais adequados para os pacientes de risco, suporte para alívio de pressão, suporte para melhorar o posicionamento dos pacientes e mudança de posição a cada duas horas.
Fonte: da Assessoria de Imprensa do Hospital Universitário

10 setembro 2006

A ciência questiona seu sensacionalismo

Estudos polêmicos publicados em grandes revistas atraem a atenção do mundo, mas expõem críticas de cientistas preocupados com os exageros.
Um cientista coreano que foi o primeiro a produzir células-tronco embrionárias clonadas de pacientes. Um pica-pau considerado extinto que renasceu das cinzas em uma floresta alagada dos Estados Unidos. Um homem tetraplégico capaz de controlar um braço robótico apenas com o poder do cérebro.
Uma fraude completa, um bicho que ninguém nunca mais viu e um experimento de resultados limitados, obtidos com um único paciente. Três estudos publicados em grandes revistas científicas internacionais e que viraram notícia no mundo inteiro, mas deixaram muitos pesquisadores descontentes.
Críticas ao conteúdo e ao processo de revisão das principais revistas científicas do mundo ganharam fôlego recentemente com a publicação de alguns trabalhos controversos e de mérito científico duvidoso. O caso das células-tronco na Coréia do Sul (publicado pela Science e depois retratado, após investigação) é certamente o mais escandaloso de todos. Mas não o único.
Pesquisas nem sempre tão fantásticas e nem sempre tão relevantes são muitas vezes divulgadas com estardalhaço pelas revistas, ao mesmo tempo em que trabalhos aparentemente de melhor qualidade estariam sendo ignorados ou nem sequer publicados. No foco das atenções - e das críticas - estão a britânica Nature e a americana Science, os dois periódicos científicos de maior influência no mundo (veja texto e gráfico na página ao lado para entender como o sistema funciona).
Entre os críticos está o neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis, que há quase dez anos dirige o Centro de Neuroengenharia da Universidade de Duke, nos EUA, e que já publicou diversos trabalhos nas duas revistas. Segundo ele, as grandes publicações científicas estão seguindo o caminho dos grandes conglomerados de mídia, onde o entretenimento e os interesses de anunciantes têm prioridade sobre o conteúdo e a notícia - ou, nesse caso, a ciência.
"Há uma crise muito grande na área de publicações científicas", disse Nicolelis ao Estado. "Não há transparência e o sistema de revisão virou uma guerra. Ninguém mais entende qual é o critério dessas revistas para aceitar ou rejeitar trabalhos."
CRITÉRIOS DUVIDOSOS
Ao ler um estudo recente sobre o controle cerebral de próteses - uma das áreas com a qual trabalha - publicado na capa da revista Nature, Nicolelis disse ter ficado "enojado". "Quando um trabalho fraco como esse sai na capa da Nature, é a prova cabal de que a integridade das revistas está comprometida por interesses comerciais", disse. "Minha impressão é de que elas entraram na onda de fazer publicidade delas mesmas. O que importa agora é sair nas manchetes."
O trabalho em questão, assinado por cientistas de universidades renomadas como Harvard e Brown, relata o desenvolvimento de uma "interface cérebro-computador": um programa que permitiu a um paciente tetraplégico mover um cursor digital e um braço mecânico por meio de comandos cerebrais. A tecnologia está sendo desenvolvida junto a uma empresa americana chamada Cyberkinetics.
Na avaliação de Nicolelis, o estudo apresenta resultados extremamente fracos e já demonstrados por outros grupos de pesquisa - inclusive o dele. "Não sei quem revisou esse estudo para ser publicado na Nature, mas certamente não foi nenhum pesquisador de ponta na área."
INFLUÊNCIA COMERCIAL
Nas revistas médicas, como New England Journal of Medicine, Lancet e Journal of the American Medical Association, a principal preocupação é com relação a influência da indústria farmacêutica sobre dados científicos que são ou deixam de ser publicados.
"A comercialização da medicina vem substituindo de maneira assustadora o rigor científico de trabalhos publicados por revistas de alto impacto", diz o cientista Antonio Carlos Martins de Camargo, diretor do Centro de Toxinologia Aplicada (CAT) do Instituto Butantã, que pesquisa novas drogas a partir de moléculas naturais da biodiversidade. "Os trabalhos freqüentemente contêm resultados não reproduzíveis, deixam de citar trabalhos pioneiros, omitem dados conclusivos depositados em bancos de dados oficiais, tudo para manter a reputação do grupo ou algum interesse econômico que o favoreça."
Ele cita o exemplo do Vioxx, antiinflamatório da Merck que teve de ser retirado do mercado após a constatação de que aumentava o risco de doenças cardiovasculares, inclusive enfarte e derrame. A apuração do caso, segundo Camargo, indica que evidências de risco foram omitidas na publicação dos ensaios clínicos. "Mesmo em estudos que comprovadamente tenham mostrado o risco do uso de certos medicamentos, publicações 'encomendadas' em revistas especializadas de alta reputação substituem o rigor científico", critica o pesquisador.
O SUMIÇO DO PICA-PAU
Outro caso recente é o do pica-pau-bico-de-marfim (Campephilus principalis), uma ave americana considerada extinta há 60 anos e que teria sido redescoberta em 2004 numa reserva florestal do Estado de Arkansas. O estudo que relata a "ressurreição" foi capa da Science de 3 de junho de 2005 e atraiu grande atenção da mídia internacional. As evidência apresentadas, porém, foram (e continuam sendo) duramente contestadas.
As únicas provas visuais da existência do pica-pau são imagens de um vídeo feito a longa distância e com baixíssima definição. "A imagem é tão ruim que tiveram de fazer um desenho ao lado para explicar o que estão tentando mostrar", diz o ornitólogo André Nemésio, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). "Não há evidência nenhuma, há apenas uma hipótese. É Deus, só vê quem acredita."
Para ele, a revista errou ao publicar um trabalho com evidências tão fracas. "Acho que foi uma decisão muito mais política do que científica", diz. "Há muita gente grande envolvida e a pressão deve ter sido muito forte."
Nemésio não está sozinho. Tanto que, em março, a Science publicou dois artigos de reavaliação do estudo: um com críticas de outros pesquisadores e outro, com a resposta dos autores, reafirmando a interpretação dos resultados. O estudo é liderado por cientistas das Universidades de Cornell e Arkansas.
Até hoje, apesar de muitos esforços, ninguém nunca mais avistou o pica-pau extinto. Ainda assim, os efeitos da publicação continuam a ser sentidos. No mês passado, um juiz federal barrou um projeto de irrigação de US$ 320 milhões por causa do risco de o hábitat do pica-pau ser afetado.
OPINIÕES
João Steiner
Diretor do Instituto de Estudos Avançados/ USP
"Acho que existe um certo sensacionalismo, um pouco de forçação de barra. O número de pessoas que estão preocupadas com isso não é pequeno. É ruim para a ciência porque estão dando uma visibilidade falsa a um trabalho cujo valor não corresponde.''
Luiz Nunes de Oliveira
Físico e ex-pró-reitor de Pesquisa da USP
"Não acho que seja uma questão de chamar a atenção da mídia, mas da comunidade científica. Essas são revistas que definem sua missão como publicar estudos de alto impacto, que produzam muitas citações. Se é algo que tenha potencial para gerar discussão, eles aceitam.''
José Roberto Drugowich
Diretor do CNPq
"Essas revistas têm sua função, e é bom que elas chamem a atenção. Isso cria uma competição salutar para que os cientistas produzam coisas interessantes e não só ciência do dia-a-dia. É algo estimulante ao pensamento e à criatividade.Elas cumprem esse papel.''
Carlos Henrique de Brito Cruz
diretor científico da Fapesp
"Acho que a decisão sobre o que vai na capa das revistas tem uma boa dose de subjetividade. O interesse da mídia deve entrar na conta, mas não vejo nada de muito impróprio nisso.''
Marcelo Nóbrega
Geneticista da Universidade de Chicago
"As grandes revistas sempre veicularam artigos sensacionalistas e continuarão a fazê-lo. Elas dizem que têm inserção na sociedade leiga, e aí fica fácil ver porque há exageros. Tente vender uma lista telefônica ou uma revista de fofocas e veja qual sai primeiro."
Fonte: O Estado S.Paulo

09 setembro 2006

Experiência do médico vale mais que recomendação de pesquisas

Estudo mostra que tratamentos especializados devem seguir protocolos, mas palavra do profissional é essencial.
Num momento em que a indicação de tratamentos de saúde passa a ser norteada cada vez mais por estudos estatísticos e por manuais feitos por especialistas, um estudo realizado pelo Instituto do Coração (Incor), do Hospital das Clínicas de São Paulo, vai justamente na direção contrária e diz o que, até há alguns anos, parecia óbvio: quem sabe o que é melhor para o paciente é o médico.
"Medicina não tem de ser baseada em evidências, mas em experiência", afirma o coordenador do projeto batizado de MASS 2, Whady Hueb, numa provocação a uma corrente da medicina que defende que somente remédios e terapias comprovados em diversos estudos podem ser considerados seguros e eficazes.
A pesquisa do Incor, que promete causar muita discussão, foi tema do editorial da edição de setembro da revista da Sociedade Americana de Cardiologia. "É claro que estatísticas são importantes. Mas as pessoas estão se esquecendo de que medicina não é uma ciência exata", completa Hueb.
O estudo integra o projeto MASS, uma série de trabalhos iniciada na década de 90 e que tem cadastrados 22 mil pacientes do Instituto do Coração. Para o trabalho, feito pelo cardiologista Alexandre Pereira, foram escolhidos 611 pacientes que apresentavam os mesmos problemas cardíacos.
Eles tinham lesões graves em duas ou três artérias e uma obstrução cardíaca de até 70%. Os protocolos médicos dizem que, para pacientes com esse perfil, há três possibilidades de tratamento, com resultados idênticos: angioplastia, controle com medicamentos ou cirurgia. "Teoricamente, qualquer das três pode ser usada", explica Pereira.
Mas não foi o que mostrou o estudo. Cada paciente teve seu tratamento definido por sorteio. Antes disso, Pereira pediu aos médicos que anotassem qual tratamento indicariam, se isso fosse possível. Cinco anos depois, foi feita a comparação. "Nos casos em que houve coincidência entre o sorteio e a terapia indicada pelo médico, os pacientes apresentaram uma qualidade de vida significativamente melhor", afirma.
LIÇÕES
A vendedora Gislene Calpacci, de 54 anos, foi sorteada para ser submetida ao tratamento indicado pelo seu médico, com medicamentos. "Completamente diferente do que outro médico tinha me indicado. Antes de ir para o Incor, haviam dito que eu precisaria ser operada." Como seu filho menor também seria submetido a uma cirurgia ortopédica, ela resolveu procurar outro hospital. "Quando cheguei ao Incor, perguntaram se não queria participar do estudo. E então passei a tomar os remédios."
Integrante de uma família de cardíacos, Gislene conta que seu único "defeito" hoje é trabalhar. "Minha atividade é muito pesada. Ando de carro, carrego mercadoria. Mas não fumo, procuro manter uma boa dieta e não descuido dos remédios", conta ela.
DITADURA DOS PROTOCOLOS
Hueb avalia que o estudo traz duas lições. Para a comunidade médica, não superestimar a importância de protocolos - consensos com recomendações de tratamento feito por especialistas. Para pacientes, procurar sempre a opinião de um médico experiente. "Dificilmente o grau de acerto dos médicos obtido nesse estudo poderia ser repetido, por exemplo, entre médicos de atendimento menos especializado", afirma. "Mas o que vale é o seguinte: é preciso sempre procurar uma segunda, uma terceira opinião antes de tomar uma decisão."
O cardiologista do Instituto do Coração afirma que o desejo do paciente, no momento da escolha, pouco deve importar - algo difícil, numa era em que as informações médicas se disseminam. "Ele pode aceitar ou não o que propomos. Mas não deve influenciar a decisão. Tratamento não é mercadoria."
Hueb considera indispensável a realização de estudos semelhantes, em outras áreas da medicina. "Os exemplos são inúmeros. Muitas vezes há uma série de tratamentos possíveis - incluindo a simples observação do paciente."
Fonte: O Estado S.Paulo

07 setembro 2006

Stephen Hawking procura estagiário

O candidato escolhido receberá US$ 44 mil ao ano e acomapnhará Hawking em suas viagens ao exterior.
LONDRES - Procura-se: estudante universitário para ajudar cientista mundialmente famoso. Exige-se capacidade de lidar com a imprensa, disponibilidade para viagens internacionais e conhecimentos de computação. O renomado astrofísico e escritor Stephen Hawking anunciou que está procurando um estudante que trabalhe com ele por dois anos.
Hawking, que leciona em Cambridge, realizou trabalhos teóricos importantes sobre buracos negros e a origem do Universo, tornando-se um dos físicos mais conhecidos de sua geração. O candidato escolhido receberá US$ 44 mil ao ano e acompanhará Hawking em suas viagens ao exterior, de acordo com a oferta de emprego, divulgada no website da universidade.
Planejar palestras, fazer a manutenção do computador, responder a dúvidas do público e ajudar a elaborar artigos científicos serão algumas das obrigações do funcionário. Um dos objetivos do posto é ajudar o cientista em áreas nas quais ele tem dificuldades, por conta de sua deficiência física.
Hawking, de 64 anos, usa cadeira de rodas e se comunica por meio de um computador, porque sofre de um problema neurológico chamado esclerose amiotrófica lateral, ou doença de Lou Gehrig.
Fonte: O Estado S.Paulo

06 setembro 2006

Ultra-som abre 'porta' das células

Um estudo divulgado ontem mostra que a energia do ultra-som ajuda a abrir a "porta" das células para que medicamentos entrem. A descoberta, realizada por cientistas da Universidade de Georgia, nos EUA, pode ajudar no desenvolvimento de melhores drogas. O ultra-som ajuda a "abrir" temporariamente as membranas exteriores da célula, permitindo a entrada de moléculas de até 50 nanômetros de diâmetro.
Fonte: O Estado S.Paulo

04 setembro 2006

Dinheiro para ciência e tecnologia será retido pela União até 2010

Ministro Sérgio Rezende afirma que contingenciamento de fundos setoriais sofrerá redução de forma gradual
Boa parte da principal fonte de recursos para gerar patentes, produtos e processos de qualidade no Brasil, baseados em pesquisa e desenvolvimento, está trancada nos cofres públicos e só será liberada no último ano da administração Luiz Inácio Lula da Silva, se reeleito. "A expectativa é zerar o contingenciamento em 2010", anunciou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Há mais dinheiro preso do que liberado. Até agora, a área deixou de receber R$ 3,2 bilhões acumulados, sem movimentação, de R$ 6,1 bilhões arrecadados.
O plano do governo federal é reduzir a proporção de recursos retidos, mas de forma gradual. Pelos cálculos do ministro, em 2007 serão contingenciados 30% dos recursos, 9 pontos porcentuais a menos do que em 2006, que deve fechar com uma arrecadação de R$ 1,8 bilhão (veja quadro ao lado).
Desde 2003, pelo menos um terço desses recursos dos fundos setoriais, instrumento de fomento de ciência e tecnologia, é retido sistematicamente para gerar superávit primário.
Para especialistas e cientistas, a ação é ilegal. Uma lei complementar à Lei de Responsabilidade Fiscal indica que recursos de fundos sejam usados apenas para o fim que justificou seu recolhimento. "Estes recursos não podem formar a reserva de contingência. Uma lei ordinária permite o seu uso para pagamento da dívida interna. Mas a lei complementar tem prioridade sobre a ordinária", afirma o presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), o físico Ennio Candotti.
Ele pede o uso dos recursos "para o devido fim". Não faltam projetos. "Amazônia, mar, espaço, energia, fármacos." Segundo ele, é preciso analisar se a formação de recursos humanos qualificados "é mais ou é menos importante que o saldo positivo do superávit primário". Quando Lula assumiu a presidência, ele declarou que os gastos com ciência e tecnologia seriam vistos como investimento "para um Brasil melhor".
O País é o 27º que mais depositou patentes internacionais em 2005 - indicador de produção de conhecimento e tecnologia - e é o 25º exportador. Está atrás de China e Coréia do Sul, ambos acima do Brasil também no ranking das patentes: 2.452 e 4.747, respectivamente.
Os Fundos Setoriais de Ciência e Tecnologia seriam usados para modificar este quadro e colocar o Brasil como fonte de produtos com valor agregado, e não um mero reprodutor ou consumidor. Os recursos vêm de contribuições de empresas que exploram recursos naturais da União ou que atuam em setores específicos, como petróleo, biotecnologia e infra-estrutura. Aplicados na pesquisa destas mesmas áreas, são considerados hoje um dos melhores instrumentos para o desenvolvimento de ciência e tecnologia no Brasil.
Isso se todo o dinheiro arrecadado fosse liquidado. Entre 2003 e 2006, apenas R$ 2,8 bilhões foram aplicados, 46% do total.
MENOS DO QUE O NECESSÁRIO
Rezende também reconhece que não foi possível atingir a meta de investimento total em ciência e tecnologia em 2006. Somando a aplicação feita por governos federal e estaduais e por empresas, o montante fica em 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB), algo em torno de R$ 20 bilhões. A intenção era atingir 2%.
"Sabemos que (o valor) é insuficiente, mas a meta não aconteceu porque o governo federal teve restrições (orçamentárias), houve diminuição dos investimentos dos Estados e um aumento pequeno do investimento das empresas", afirmou o ministro.
O diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Brito Cruz, lembra que, no início do governo Lula, o otimismo era grande. Segundo Cruz, "houve expectativas importantes não cumpridas e a principal frustração foi a promessa feita em 2003 de elevar os dispêndios em pesquisa para 2% do PIB, não realizada. Nos países desenvolvidos, chega a 3%. Em países como China e Índia, o porcentual se encaminha para 2,5%".
Fonte: O Estado de S.Paulo

03 setembro 2006

Ser feliz

Ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções.
Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz não é uma fatalidade do destino, mas uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz, é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós. É ter maturidade para falar “eu errei”. É ter ousadia para dizer, “me perdoe” É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”. É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
Desejo que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz.
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus inversos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida.
E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita. Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância. Usar as perdas para refinar a paciência. Usar as falhas para esculpir a serenidade. Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.

JAMAIS DESISTA DE SI MESMO.
JAMAIS DESISTA DAS PESSOAS QUE VOCÊ AMA.
JAMAIS DESISTA DE SER FELIZ, POIS A VIDA É UM ESPETÁCULO IMPERDÍVEL.
E VOCE É UM SER HUMANO ESPECIAL”.

Fonte: Texto copiado do livro Dez leis para ser feliz – Ferramentas para se apaixonar pela vida – Augusto Cury

02 setembro 2006

Chá é mais saudável do que água, diz estudo

Beber três ou mais xícaras de chá preto por dia é tão bom como tomar bastante água e pode até trazer benefícios adicionais, dizem pesquisadores.
O trabalho publicado na revista European Journal of Clinical Nutrition contraria a crença de que o chá desidrata.
O chá preto não apenas hidrata como também pode proteger contra doenças cardíacas e alguns tipos de câncer, segundo nutricionistas britânicos.
Os especialistas acreditam que substâncias conhecidas como flavonóides, presentes no chá preto, promovem a saúde.
Antioxidantes
Os flavonóides são antioxidantes encontrados em vários alimentos. Eles têm a propriedade de prevenir danos às células.
A coordenadora da pesquisa, a nutricionista Carrie Ruxton, e seus colegas do King's College, em Londres, analisaram estudos anteriores sobre os efeitos do chá na saúde.
A equipe encontrou provas claras de que beber entre três e quatro xícaras de chá preto por dia pode diminuir as chances de um ataque cardíaco.
Alguns estudos indicam que o consumo de chá também protege contra o câncer, embora neste caso as evidências sejam menos claras.
Outros benefícios para a saúde encontrados pelos pesquisadores são a proteção contra a placa dentária e possivelmente contra cáries, além do fortalecimento dos ossos.
"Beber chá é melhor do que beber água. A água está simplesmente repondo fluidos. O chá repõe fluidos e contém antioxidantes, portanto cumpre dois papéis", afirmou Ruxton.
A nutricionista disse que a idéia de que o chá preto desidrata é um mito.
"Estudos sobre a cafeína revelam que, em altas doses, ela desidrata, por isso todos pensam que qualquer bebida contendo cafeína desidrata", disse Ruxton.
"Mas mesmo que você beba uma xícara de chá ou de café bem concentrado, ainda assim vai estar acumulando fluido".
"Além disso, o chá contém flúor, que é bom para os dentes", ela acrescentou.
Segundo os pesquisadores, não há prova de que a ingestão de chá seja ruim para a saúde. Entretanto, estudos sugerem que o chá pode interferir na capacidade do organismo de absorver ferro dos alimentos, o que significa que pessoas que sofrem de anemia deveriam evitar beber chá na hora das refeições.
Fonte: BBCBrasil.com

01 setembro 2006

Suco de fruta pode reduzir risco de Alzheimer em até 76%

Beber sucos de frutas e de outros vegetais com frequência pode reduzir em até 76% a probabilidade de se contrair o mal de Alzheimer, disseram pesquisadores americanos e japoneses.
Os cientistas publicaram suas conclusões na revista especializada American Journal of Medicine, depois de acompanhar quase 2 mil pessoas ao longo de até dez anos.
Pessoas que tomaram sucos de frutas ou de outros vegetais pelo menos três vezes por semana tiveram 76% menos chances de contrair Alzheimer do que aquelas cujo consumo era de apenas uma vez semanalmente.
A conclusão reforça a teoria de que substâncias antioxidantes presentes nas frutas e vegetais – os chamados polifenóis – evitam a acumulação, no cérebro, de proteínas que estão ligadas ao mal de Alzheimer.
A porta-voz da britânica Fundação para Pesquisa de Alzheimer, Harriet Millward, recebeu o estudo com entusiasmo.
Segundo ela, a pesquisa é significativa pela abrangência e pelo longo tempo de acompanhamento.
“A dieta, que quase sempre tem um papel importante no risco de se ter Alzheimer, é um atrativo para a pesquisa porque oferece uma alternativa barata de combate à doença”, afirmou.
Frutas e vegetais podem ainda reduzir o risco de Alzheimer, mantendo sob controle a pressão sanguínea, já que o mal também está ligado à dificuldade de circulação do sangue pelo cérebro.
Fonte: BBC Brasil.com