30 junho 2006

NÃO DEIXE PARA DEPOIS

O pai de família chegou em casa e se sentou à mesa com as contas do mês a pagar, e algumas já vencidas, quando seu filhinho, cheio de alegria, entrou correndo na sala e disse com entusiasmo: "feliz aniversário, papai! Mamãe disse que você está completando 55 anos hoje, por isso eu vou lhe dar 55 beijos, um para cada ano."
O garoto começou a fazer o que prometera, quando o pai exclamou:
Oh! Filho, agora não! Estou tão ocupado!
O menino fez silêncio imediato. Mas o seu gesto chamou a atenção do aniversariante.
Olhando-o o pai percebeu que havia lágrimas em seus grandes olhos azuis.
Desculpando-se, disse ao filho: "você pode terminar amanhã."
O menino não respondeu e não foi capaz de disfarçar o seu desapontamento enquanto se afastava.
Naquela mesma noite o pai lhe falou: "venha cá e termine de me dar seus beijos agora, filho."
Ou ele não ouviu ou não estava mais com vontade, pois não atendeu ao pedido.
Dois meses depois, um acidente levou o garoto. Seu corpo foi sepultado num pequeno cemitério perto do lugar onde ele gostava de brincar.
Aquele pai, constantemente se sentava ao lado do túmulo do seu pequeno e, observando a natureza, pensava consigo mesmo:
"O canto do sabiá não é mais doce que a voz do meu filho, e a rolinha que canta para os seus filhotes não é tão gentil como o menininho que deixou de completar a sua declaração de amor."
Ah! Se eu pudesse ao menos lhe dizer como me arrependo daquelas palavras impensadas, e como o meu coração está doendo agora por causa de minha falta de delicadeza.
"Hoje eu fico aqui sentado, pensando em como pude não retribuir seu afeto, mas entristeci seu pequeno coração, cheio de ternura."
Às vezes, por motivos banais, deixamos passar oportunidades únicas, que jamais se repetirão em nossas vidas.
São momentos em que uma distração qualquer nos afasta do abraço afetuoso de um ser querido...
Um compromisso, que poderíamos adiar, nos impede de ficar um pouco mais com alguém que nos deixará em breve...
Depois, como aconteceu ao pai que recusou os beijos do filho, só resta a dor do arrependimento.
E essa dor é como um fogo que queima sem consumir.
E não é necessário que a pessoa a quem negamos nossa atenção seja arrebatada pela morte, para que sintamos o desconforto do arrependimento.
Quantos filhos deixam de procurar os pais, por falta de atenção, e se vão, em busca de alguém que ouça seus desabafos ou responda suas perguntas.
Quantas esposas se fecham no mutismo, depois de várias tentativas de diálogo com o companheiro indiferente ou frio.
Quantos esposos se isolam após tentativas frustradas de entendimento.
Por todas essas razões, vale a pena prestar atenção nos braços que se distendem para um abraço, os lábios que se dispõem para um beijo, as mãos que se oferecem para um carinho.
Pense nisso!
Um gesto de ternura deve ser sempre bem recebido, mesmo que estejamos sobrecarregados, cansados, sem vontade de atender.
Uma demonstração de amor é sempre bem-vinda, para dar novo colorido às nossas horas, ao nosso dia-a-dia, às nossas lutas.
O amor, quando chega, dissipa as trevas, clareia o caminho, perfuma o ambiente e refaz o ânimo de quem lhe recebe a suave visita.
Pense nisso!
Baseado em história de autoria desconhecida.

29 junho 2006

Rio terá laboratório de células tronco

O Instituto Nacional de Traumato-Ortopedia (Into), referência no País para tratamento de doenças ortopédicas, inaugurou ontem seu laboratório para estudos de células-tronco. O Centro de Pesquisa em Terapia Celular e Bioengenharia Ortopédicas (CTCel) começará a tratar pacientes em agosto.
O Ministério da Saúde investiu R$ 750 mil no laboratório e, até o fim do ano, dará mais R$ 500 mil para a compra de equipamentos. Esse é o segundo centro do gênero financiado pelo governo federal. O outro é o Instituto Nacional de Cardiologia de Laranjeiras, também no Rio, que estuda cardiopatias.
O CTCel já tem autorização da Comissão Nacional de Ensino e Pesquisa (Conep) para três linhas de tratamento: fratura não consolidada , revisão de próteses e revascularização de necrose óssea. Serão usados protocolos desenvolvidos no exterior com células-tronco adultas extraídas do paciente, evitando-se a polêmica do uso de células embrionárias. Pelo menos 30 pacientes passarão pela pesquisa antes de o tratamento se tornar rotina.
Fonte: O Estado S.Paulo

28 junho 2006

GUERRILHEIRO URUGUAIO É HOMENAGEADO

MONTEVIDÉU, 27 JUN (ANSA) - Um busto com a imagem de Raúl Sendic, fundador do Movimento de Libertação Nacional (MLN-Tupamaros), será instalado na quarta-feira em uma praça em Bella Unión, 615 quilômetros ao norte de Montevidéu, com a participação de autoridades municipais do estado de Artigas, na fronteira com o Brasil, e uma delegação da prefeitura de Montevidéu.
Sendic foi um dos guerrilheiros mais procurados pelas autoridades no passado e participou de confrontos armados com militares e policiais.
Atualmente, antigos líderes tupamaros que integram o Movimento de Participação Popular, o majoritário dentro da Frente Ampla, ocupam importantes cargos no governo do presidente Tabaré Vázquez.
O busto de Sendic foi doado pelo prefeito de Montevidéu, Ricardo Ehrlich, um ex-decano da Faculdade de Ciências que na década de "70 esteve preso por sua militância no movimento Tupamaros.
O diretor do departamento de Cultura da capital, o escritor Mauricio Rosencof, que integrou o Comitê Central do MLN-T quando essa organização operava clandestinamente, viajará a Bella Unión para assistir a homenagem amanhã.
Há dois anos sindicados pedem para que a tradicional Plaza Lafone, no bairro trabalhista de Montevidéu de La Teja, seja batizada com o nome de Sendic, apesar de não serem atendidos.
Periodicamente cartazes mudando o nome da praça são colocados e rapidamente retirados pela Prefeitura.
Raúl Sendic, que nasceu em 1925, na segunda metade do século passado impulsionou a criação de sindicatos de peões rurais, entre eles a União de Trabalhadores Açucareiros de Artigas (UTAA), na Bella Unión, e foi fundador do MLN-T.
Preso no dia 1° de setembro de 1972 depois de ser gravemente ferido em um tiroteio, sobreviveu por 13 anos em duras condições de isolamento, em cisternas e celas subterrâneas de quartéis militares, submetido permanentemente a torturas e humilhações, quase sempre encapuzado.
Liberado em 1985, com o fim da ditadura, se dedicou a organizar um movimento pela terra e contra a pobreza, e morreu no dia 28 de abril de 1989 na clínica Edouard Rist de Paris, afetado por uma doença fulminante, Mal de Charcot ou esclerose lateral amiotrófica.
Fonte: ANSA

27 junho 2006

Los enfermos combativos

Los afectados por la esclerosis lateral amiotrófica (ELA) reclaman que se creen unidades que atraigan investigación.
Hace cinco años, Eduardo Rico era un médico de atención primaria en Guisando (Ávila) con más de 20 años de experiencia. Ahora es un combativo enfermo de esclerosis lateral amiotrófica (ELA). Desde su silla de ruedas y con la ayuda de su hijo (chófer, auxiliar y muchas cosas más), participó ayer en la IX jornada científica sobre la enfermedad que ayer se celebró en el hospital Carlos III de Madrid.
Rico se acerca mucho al prototipo del enfermo, según los datos presentados por Jesús Mora, neurólogo y director de la Unidad de ELA del hospital: tiene 51 años (la media del estudio realizado por la Fundación Española para la Investigación de la Esclerosis Lateral Amiotrófica, Fundela, es de 54). Pese a ser médico, tardó un año en autodiagnosticarse (la media está en 12,4 meses). Su principal cuidadora es su mujer, Antonia, como en el 70,8% de los casos; no ha recibido ayudas oficiales para la silla de ruedas o la grúa que necesita para moverse del sofá a la cama, como el 47,6%, y estas ayudas técnicas se las ha tenido que pagar de su bolsillo, como el 73,1%.
Pero Rico, que como médico conoce perfectamente la enfermedad a que se enfrenta, es mucho más que un conjunto de datos estadísticos. Pertenece a las dos mayores asociaciones de ELA de España: Fundela, centrada en la investigación, y Adela, más volcada en la atención psicológica y social.
La ELA es una enfermedad neurodegenerativa grave que no tiene cura. Con frialdad profesional, Rico recuerda que en España la sufren 6.000 personas, de las que el 80% tiene una expectativa de vida de unos cinco años desde el diagnóstico. "Otro 10% llega a los ocho o diez. Algunos, como el físico Stephen Hawking, no se sabe por qué viven 18 o 20 años". El médico también se ajusta al patrón en que, como el 75%, no recibe atención psicológica para enfrentarse a la enfermedad. Pero oyendo a Rico, está claro que no la necesita.
"Desde que supe lo de mi enfermedad se lo dije a mi familia. A mi mujer, que es mi mayor ayuda, y a mis hijos, que entonces, en 2003, tenían 14 y 16 años. Les conté cuál iba a ser el curso de la enfermedad, y eso me dio mucha tranquilidad". Hasta ahora ha cumplido esas predicciones: "He tenido una evolución intermedia", dice. Eso se traduce en que en tres años ha dejado de caminar y no puede sujetar el teléfono, por ejemplo. Un dispositivo acoplado a la cabeza el permite usar el ordenador.
"Durante más de un año seguí trabajando. La pierna me fallaba, pero acabé pasando consulta con muletas", recuerda. Y Rico hubiera seguido, si no fuera porque se cayó por la escalera de su casa. Entonces, el médico convertido en paciente volcó sus fuerzas en impulsar la investigación sobre la enfermedad. "No quiero morirme, y para eso hace falta que se descubran nuevos tratamientos", dice con determinación.
Por eso lo primero que hizo Rico fue apuntarse a un ensayo clínico. Ahora no hay apenas tratamientos contra la ELA, pero hay muchas moléculas en pruebas, como recordó ayer Mora. "Es una carrera contra el tiempo", confirma Rico. Y participar en los ensayos no es sólo altruismo. Sirve para que los nuevos fármacos estén antes disponibles en el país que los ensaya y acelera su proceso de autorización.
"Pero para traer ensayos a España hace falta dar confianza a los laboratorios. Para ello hay que demostrar calidad científica, profesional y material", insiste Rico. Por eso le duele especialmente que, como mencionó Mora, España haya perdido la oportunidad de participar en la investigación de tres de las nuevas moléculas más prometedoras.
La solución está en crear unidades multidisciplinares de ELA. "En el Carlos III había una, pero la Consejería de Sanidad de Madrid la desmanteló en 2003", dice Rico.
La directora general del sistema madrileño de salud, Almudena Pérez, que era gerente del Carlos III en aquella época, lo niega. Tras las protestas de los enfermos de ELA de diciembre de 2003, la Comunidad decidió crear cinco de ellas en cinco grandes hospitales de Madrid, "que ya han visto a más de 200 pacientes", dijo ayer.
Pérez, que inauguró ayer la conferencia, dejó la reunión antes de que los asistentes pusieran en duda estos datos, y anunciaran nuevas movilizaciones.

Fonte: ELPAIS.es

26 junho 2006

Un investigador prepara un ensayo para detener la esclerosis lateral amiotrófica

Un investigador prepara un ensayo para detener la esclerosis lateral amiotrófica
El doctor Salvador Martínez utilizará las células madre de los propios afectados
P. G. del Burgo, Valencia
El investigador del Instituto de Neurociencias de la Universidad Miguel Hernández de Elx, Salvador Martínez, iniciará en breve un ensayo clínico con células madre troncales de la médula ósea en el que participarán diez pacientes de Esclerosis Lateral Amiotrófica (ELA). El proyecto abre una gran vía de esperanza a los afectados por esta enfermedad que cursa con una paralización progresiva de las extremidades hasta llegar a la parálisis total.
El científico participó ayer en un acto en el Centro del Voluntariado de Valencia organizado por la asociación de enfermos. En su exposición, Martínez informó que está desarrollando un formulario para presentar a la Agencia Española del Medicamento a fin de obtener los permisos necesarios para poner en marcha su estudio con pacientes que tendrá una duración mínima de tres años.
La futura investigación consiste en inyectar a los afectados células madre de su propia médula ósea en la médula espinal para detener el progresivo avance de la enfermedad y confirmar, así, los resultados obtenidos en estudios anteriores realizados con animales de laboratorio.
«La investigación realizada en ratones ha demostrado claramente lo que ahora proponemos en el ensayo con células madre a fin de evitar la progresión de la parálisis que ocasiona la ELA», declaró el científico.
El procedimiento consiste en extraer sangre de la cresta ilíaca del hueso de la cadera, donde hay millones de células madre, del propio paciente e inyectarlas en la médula espinal de la columna vertebral. «Se trata de un trasplante autólogo», matizó el investigador.
El ensayo clínico se realizará en los hospitales murcianos de Virgen de la Arrixaca y el Morales Meseguer y a los pacientes se les inyectará entre 200 y 300 mililitros de sangre extraída de la cresta ilíaca en una sola dosis. Posteriormente los afectados, que deben encontrarse en una fase muy temprana de la enfermedad, serán observados para estar seguros que «se ha podido rescatar de la muerte a sus células neuronales». Se trata de un argumento neuroprotector, explicó el investigador, porque las células madre que se inyectan producen una sustancia neurotrófica que beneficia a las motoneuronas y evitan que se mueran.
A los enfermos que participen en el ensayo se les aplicará anestesia local para extraerles las células madre y posteriormente inyectárselas.
Otro proyecto similar en Italia
Varios grupos de investigadores en el mundo trabajan persistentemente para encontrar una salida terapéutica que evite la degeneración progresiva que ocasiona la esclerosis lateral amiotrófica y que se produce por la muerte en cascada de las motoneuronas responsables de la motricidad.
Además del grupo de científicos que lidera el profesor Salvador Martínez, de la Universidad Miguel Hernández de Elx, otro equipo de científicos italianos han puesto en marcha también un ensayo clínico con células madre de la médula ósea, pero con un procedimiento más complicado que el que pondrá en marcha el investigador alicantino, ya que mientras aquellos se dedican a realizar cultivos de las células madre para inyectarselas a los afectados, el grupo de Alicante las inyecta directamente.

Fonte: http://www.levante-emv.com

Reclamar não é solução

Lama Gangchen costuma nos dizer: “A natureza positiva da mente é como o espaço infinito. No entanto, ele diminui com a presença dos pensamentos negativos. Se quisermos nos sentir bem, teremos que cultivar pensamentos positivos para relaxar em nosso confortável espaço interior”.

24 junho 2006

Células curam paralisia

Um passo importante para o tratamento da paralisia motora foi dado esta semana. Douglas Kerr, cientista da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, divulgou na terça-feira os resultados do trabalho da sua equipa: 14 ratos-fêmea foram submetidos durante seis meses a um tratamento que alia o transplante de células embrionárias e a implantação de substâncias químicas.
Dos 14 animais, onze conseguiram recuperar o movimento e a força das patas traseiras, até então paralisadas.

Através da injecção de células de embriões de ratos na medula lesionada, os cientistas conseguiram restaurar os neurónios motores, responsáveis pela realização de circuitos que enviam sinais eléctricos até aos músculos, para que estes sejam capazes de suportar o peso e o movimento das patas.
Para Kerr, o passo seguinte consiste em estender a aplicação deste tratamento aos porcos, animais próximos do ser humano, nomeadamente a nível orgânico.
Com o objectivo de encontrar a cura para doenças como a esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, parkinson ou lesões na medula espinal, a equipa americana garantiu que estes procedimentos são um passo para a cura, uma boa notícia para os cerca de 156 000 portugueses com deficiência motora – de acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE). Todavia, os cientistas americanos advertiram que serão necessários mais alguns anos até este tipo de tratamento poder ser aplicado em pessoas.
Elias Zerhouni, director do Instituto Nacional de Saúde dos EUA, disse aos jornalistas que este trabalho “é um avanço notável para ajudar a entender o uso das células embrionárias no tratamento deste tipo de lesões. Ao mesmo tempo, salientou tratar-se de uma questão controversa, tendo em conta a posição do Executivo de George W. Bush – contrário, por motivos religiosos, a estas pesquisas. Zerhouni defende que Bush “deveria levantar o veto à investigação com células embrionárias humanas”.
Esta não é a primeira vez que a equipa de Douglas Kerr publica estudos neste sentido. Há três anos, os cientistas da Universidade de Johns Hopkins divulgaram os resultados de uma experiência com roedores paraplégicos que puderam recuperar alguma mobilidade nas patas traseiras. Kerr garante que, desta vez, os resultados foram melhores. “Este tratamento é diferente porque usámos células e outros factores desconhecidos até então. O projecto que divulgámos há três anos foi um passo prévio para o que agora conseguimos alcançar”, disse.
O neurocirugião português José Pratas Vital considera que esta é uma boa notícia para o tratamento daquelas doenças. Porém, não é o único. “Em todo o mundo, cientistas e investigadores têm andado a usar células embrionárias para resolver os problemas da medula espinal. Uns com êxito, outros nem por isso”, disse o especialista ao Correio da Manhã.
Em parceira com outros neurocirurgiões do Hospital Egas Moniz, em Lisboa, Pratas Vital tem levado a cabo, desde há anos, uma investigação para o tratamento de paralisias motoras em seres humanos. “Nós usamos a mucosa olfactiva do próprio doente, que contém células semiembrionárias, durante a operação e implantamo-la directamente na medula”, explicou. Os resultados foram positivos: alguns doentes recuperaram a sensibilidade ou mesmo a mobilidade. “Já operámos cerca de 100 doentes e a maioria recuperou a sensibilidade ou o controlo da bexiga, a capacidade de se pôr em pé ou a própria mobilidade”, disse Pratas Vital.

REGENERAÇÃO DA LESÃO MUSCULAR
1- Para a obtenção de células-mãe pluripotenciais extraem-se células de um embrião congelado na fase inicial de desenvolvimento
2- As células são cultivadas durante uns dias em nutrientes
3- Injectam-se células-mãe embrionárias no rato paraplégico, em cada uma das zonas lesionadas da medula
4- 11 dos 15 ratos tratados recuperaram uma parte significativa da mobilidade.
Fonte: Correio da Manhã

23 junho 2006

Células-tronco fazem ratos paralíticos andar

Ratos que estavam paralíticos conseguiram voltar a andar. O resultado, que é parte de pesquisa científica da Universidade Johns Hopkins dos Estados Unidos, foi alcançado em outros dez roedores.
Acredita-se que o experimento seja um grande passo para que a técnica seja aplicada em humanos na regeneração de células motoras da medula espinhal que se comunicam com os músculos. Mas a técnica não serviria para tratar lesões traumáticas na medula espinhal, como as provocadas por acidentes de carros.
Segundo os cientistas, os resultados são importantes para reverter processos degenerativos da coluna. Mas, para que seja aplicada em humanos, a técnica tem antes de ser comprovada em outros animais.
Primeiramente, os neurônios motores dos ratos foram degenerados. Os cientistas transplantaram então nos roedores células-tronco de embriões de rato, acrescentando a elas um coquetel de drogas para estimular o crescimento. Seis meses depois 11 dos 15 ratos que participaram do experimento conseguiam movimentar as patas. As células-tronco se transformaram em novos neurônios que se conectaram aos músculos.

22 junho 2006

Dúvida atroz

Ninguém sabe se são mesmo as células-tronco adultas que funcionaram nos casos de sucesso relatados.
No início de maio o cearense Sátiro da Costa contou no Jornal Nacionalque se sentia melhor após receber uma dose de células-tronco em um hospital do Rio de Janeiro. Diante da remota possibilidade de transplante de coração, a aplicação dessas células, que formam um líquido esbranquiçado, era uma alternativa para restabelecer o vigor do músculo cardíaco enfraquecido pelo mal de Chagas. Em Ribeirão Preto, interior paulista, uma semana depois de receber células-tronco extraídas de sua própria medula óssea, a dona-de-casa Martinha da Cunha verificou que começava a reconquistar a liberdade de movimentos perdida com a esclerose múltipla, que lhe paralisara o lado direito do corpo. No mundo inteiro correm pelo menos 65 testes de células-tronco adultas, com o propósito de combater tumores, problemas cardíacos, mal de Parkinson, lesões na medula espinhal, doenças auto-imunes e anemias. Mas até agora nem pesquisadores nem médicos asseguram que os aparentes benefícios se devem de fato às células-tronco adultas.
Capazes de se especializar em outros tipos de células, de acordo com o órgão ou tecido em que se instalem, as células-tronco adultas são fabricadas – e retiradas – junto com outros tipos de células principalmente na medula, a massa avermelhada que recheia os grandes ossos do corpo. “Todo mundo gosta de usar o rótulo ‘terapia com células-tronco’, mas mesmo aqui nos Estados Unidos a maioria dos pesquisadores nem chega a purificar as células antes de aplicar”, diz Alysson Muotri, geneticista brasileiro que trabalha no Instituto Salk dos Estados Unidos.
Maz como explicar os resultados? Ricardo Ribeiro dos Santos, coordenador do Instituto do Milênio de Bioengenharia Tecidual, que há quatro anos estuda essa forma de terapia para reduzir o impacto do mal de Chagas, acredita que as células-tronco possam liberar hormônios e acionar células que restabeleçam a atividade de tecidos danificados. Seria uma forma de entender a recuperação do quadro geral de saúde exibida há pelos menos um ano pelas 50 pessoas que já receberam aplicações de células-tronco na unidade da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Salvador, onde Santos trabalha: 20 sofriam de graves problemas no fígado e estavam longe de receber um transplante e outras 30 eram portadoras do mal de Chagas. “Como injetamos uma mistura de populações de células”, comenta Santos, “ainda não é possível dizer qual ou quais estão funcionando”.
Tarcísio Barros Filho, do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), também não tem como provar se as células-tronco que ele e sua equipe usaram para tratar lesões crônicas da medula espinhal se diferenciaram em neurônios ou apenas aderiram a outras e assim ajudaram a recuperar a capacidade de transmissão dos impulsos nervosos. Não passava nenhum estímulo nervoso pela medula espinhal das 30 pessoas que tinham perdido o movimento das pernas e participaram de um estudo experimental no HC. Dois anos depois, nenhuma voltou a andar, mas em 60% dos participantes desse estudo se verificou uma recuperação na passagem dos impulsos elétricos sensitivos das pernas em direção ao cérebro. “É um resultado animador”, diz Barros Filho, “mas está longe de ser a cura”.
A um quarteirão dali, em outra unidade do HC paulista, o Instituto do Coração (InCor), 35 pessoas infartadas submeteram-se a um implante de uma veia no coração para restaurar a irrigação do músculo cardíaco e, ao mesmo tempo, receberam doses de células-tronco diretamente no coração. Dois anos depois, recuperaram-se com mais rapidez que as outras 30 que receberam apenas o vaso sangüíneo. José Eduardo Krieger, um dos coordenadores desse estudo, gostaria muito de saber como essas pessoas se recuperaram.
Até agora um dos poucos resultados comprovados de que as células-tronco podem funcionar tanto em animais de laboratório quanto em seres humanos – descartando-se efeitos secundários causados por outros tipos de células da medula óssea – foi obtido por Irving Weissman, da Universidade Stanford, e acenou com a perspectiva de novos tratamentos contra leucemia e algumas formas de câncer em células sangüíneas. “O transplante de células-tronco hematopoéticas (que originam as células do sangue) é a única forma de terapia com células-tronco em uso médico seguro hoje”, assegura Marco Antonio Zago, professor da USP de Ribeirão Preto. Esse tipo de transplante, feito normalmente com células da própria pessoa a ser tratada, é uma forma de repor as células do sangue já maduras que foram destruídas por tratamentos contra o câncer – é uma técnica adotada com regularidade há pelo menos dez anos, bem antes, portanto, de essa forma de terapia celular ganhar visibilidade.
Jefferson Luis Braga da Silva, da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio Grande do Sul, reconhece: “Os testes com células-tronco deram muita falsa esperança”. Ele próprio sentiu o peso da angústia de quem sofre de uma doença crônica depois que o Jornal Nacional de 17 de abril apresentou os resultados de seus estudos para tratar lesões de nervos. Em menos de um mês ele recebeu mais de mil mensagens eletrônicas de pessoas que insistiam para ser voluntárias em seus próximos testes. Só cinco, porém, haviam sofrido rompimentos em nervos periféricos havia menos de um ano e ainda tinham alguma chance de recuperação. Silva havia empregado tubos de silicone preenchidos com células-tronco para tratar lesões de até 3 centímetros nos nervos do antebraço de 20 pessoas, que, segundo ele, recuperaram os movimentos e a sensibilidade em até um ano, enquanto outras 22, tratadas apenas com o tubo de silicone, demoraram três anos. “Os ganhos são claros”, diz ele. “Só não tenho como afirmar se foram mesmo as células-tronco que funcionaram, porque não as marquei.”
Bianca Gutfilen e Lea Mirian resolveram esse problema na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) marcando as células-tronco com tecnécio 99-m, um isótopo de um elemento radioativo bastante utilizado na medicina nuclear. Foi esse o elemento radioativo usado nas células de Sátiro, o cearense que participa de um dos testes de avaliação das células-tronco em andamento na UFRJ. “Agora sabemos exatamente aonde vão parar as células-tronco”, conta Bianca. Segundo ela, só se recuperaram dos danos da doença de Chagas as regiões do músculo cardíaco que receberam células-tronco, mas persiste o desafio de demonstrar que essas células é que são as responsáveis por esses benefícios.
“Muita gente está pulando etapas e querendo pôr a carroça na frente dos bois”, observa Sílvio Duailibi, pesquisador da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), que defende mais pesquisas básicas e pré-clínicas antes do uso em seres humanos, para que se possa entender com clareza o que pode acontecer. “Antes da aplicação em humanos, precisamos de mais pesquisas básicas e pré-clínicas, para entender com clareza o que pode acontecer”, diz. Krieger, do InCor, alerta: estudos como os feitos até agora, com dezenas de pessoas, mesmo que tragam resultados positivos, devem ser vistos com cautela. Não representam a população de potenciais usuários nem exibem argumentos científicos suficientes, de acordo com os modelos internacionais de pesquisa médica, para dar a palavra final sobre os limites da eficácia dessa forma de terapia celular.
Conclusões mais consistentes só virão com testes clínicos feitos com centenas de pessoas ao mesmo tempo em mais de uma instituição de pesquisa. Com apoio do Ministério da Saúde, Antonio Carlos Campos de Carvalho, professor da UFRJ, coordena um desses estudos, chamados multicêntricos. Quatro equipes – no Rio, em Salvador, em São Paulo e em Porto Alegre – começaram no início deste ano a tratar 1.200 pessoas com Chagas, com os corações dilatados por outro tipo de doença ou com lesões causadas por infarto. É o tipo de estudo conhecido como duplo-cego: até o final do trabalho nem os pacientes saberão se receberam células-tronco ou placebo nem os médicos o que aplicaram (a seringa será coberta para não mostrar o que contém). “Temos de apresentar os resultados em no máximo dois anos”, aflige-se Ricardo Santos, que acompanhará o tratamento dos portadores de Chagas.
Até que cheguem as demonstrações decisivas, as células-tronco devem seguir um percurso semelhante ao da terapia gênica, vista com grandes esperanças há dez anos, mas ainda distante da aplicação. À notoriedade deve seguir a desilusão, “quando se verificar que grande parte das atuais promessas de suas aplicações médicas não pode ser alcançada em médio prazo ou são inexeqüíveis”, comenta Zago em um artigo publicado na revista Hipertensão. As ressalvas não devem tirar o valor dos avanços, parte deles retratada no livro Células-tronco – A nova fronteira da medicina, organizado por Zago e por Dimas Tadeu Covas, também da USP de Ribeirão Preto. Como diria Barros Filho: “Acertamos apenas as primeiras peças desse enorme quebra-cabeça, mas ainda temos muito a aprender”.
Fonte: Fapesp

20 junho 2006

CREACION DE INVESTIGADORES DE LOS ESTADOS UNIDOS

Un gorro electrónico permite escribir palabras en una PC con sólo pensarlas
Capta las señales eléctricas emitidas por el cerebro y las "descifra" para
la computadora. Por ahora es un sistema experimental. Pero en el futuro podría servir para millones de personas discapacitadas.
En el Laboratorio de Ciencias Cognitivas del Centro Wadsworth de Albany,
Nueva York, un grupo internacional diseñó un gorro con dos docenas de electrodos que pueden leer el pensamiento y escribirlo en una computadora.
El desarrollo fue presentado en el II Salón de la Investigación y la Innovación, en París, con el patrocinio de la Fundación Altran, que impulsa los avances tecnológicos al servicio del bien público.

19 junho 2006

China cria sistema que traduz ondas cerebrais

O Instituto de Engenharia Neurológica da Escola de Medicina, da Universidade Tsinghua, em Pequim, desenvolveu um sistema que traduz as ondas cerebrais do pensamento humano em instruções para o computador. Por meio de uma interface que une o cérebro ao computador, uma pessoa pode se comunicar com outras e controlar objetos sem a necessidade de usar os músculos do corpo. De acordo com o instituto chinês, que já solicitou a patente do invento, a tecnologia criada poderá ser usada, por exemplo, em pacientes com problemas de mobilidade, mas com as atividades cerebrais normais.
Fonte: OEstado S.Paulo

16 junho 2006

Gene pode ajudar a criar célula-tronco sem embrião

Um gene batizado como Nanog, em homenagem à mítica terra celta da juventude eterna, pode ajudar a explicar como reprogramar células adultas para que elas se transformem em células-tronco embrionárias e tratem doenças, afirmaram pesquisadores na quarta-feira. Eles descobriram que o gene ajudou a transformar células adultas de camundongo em células-tronco embrionárias depois de uma fusão celular em que duas células são combinadas, formando um híbrido.
"O efeito do Nanog é extraordinário. Todas as células híbridas transformaram-se totalmente em células-tronco embrionárias", disse José Silva, da Universidade de Edimburgo, na Escócia, que relatou as conclusões do estudo na revista Nature. As células-tronco são as células mestras do corpo. Os cientistas acreditam que elas podem funcionar como uma espécie de sistema de recuperação do corpo, oferecendo novas terapias para doenças que vão desde a diabete até o mal de Parkinson.
As células-tronco embrionárias, presentes nas primeiras etapas do desenvolvimento do embrião, têm o potencial de dar origem a qualquer tipo de célula ou tecido. As células-tronco adultas, que existem no corpo, têm um alcance bem mais limitado. A conversão das células-tronco adultas em células-tronco embrionárias eliminaria o uso dos embriões, que cria grandes empecilhos éticos para os pesquisadores.
O professor Austin Smith, que chefiou a pesquisa, disse que o Nanog não é o único gene envolvido na reprogramação. Pode haver vários deles implicados no processo. Ele acredita que a descoberta do Nanog, batizado em homenagem à terra de Tir nan Og, da mitologia celta, acelere a identificação dos outros genes.
"Prevemos que as pessoas vão encontrar os outros genes, talvez bem rápido", disse ele numa entrevista. Peter Mountford, da empresa de biotecnologia Stem Cell Science, dona da tecnologia utilizada na pesquisa, disse que o estudo mostra que o Nanog pode ter um papel determinante nas pesquisas com células-tronco.
"Ele representa um grande passo na direção da reprogramação de células-tronco adultas, sem a necessidade de criar embriões humanos", disse ele num comunicado. Os cientistas fundiram células-tronco embrionárias de camundongos com células cerebrais adultas. A adição do Nanog aumentou o número de células híbridas, e todas elas agiram como células-tronco embrionárias. As células híbridas também demonstraram a capacidade de formar vários tipos diferentes de células.
Smith espera que no futuro os cientistas consigam expor as células-tronco adultas ao Nanog e a outros genes, reprogramando-as para o estado embrionário sem precisar usar a fusão celular ou a transferência nuclear, a técnica usada para criar a ovelha Dolly. "O importante nesta pesquisa é que ela nos oferece o primeiro vislumbre de que isso possa ser possível, e que se trata de um fenômeno que teremos que compreender e explicar nas próximas tentativas", acrescentou ele.
Fonte: Reuters

15 junho 2006

É POSSÍVEL VENCER O CÂNCER

Karen era sociável, bem-humorada, divertida, supervalorizava seus longos cabelos loiros e tinha um grande sonho, o de ser médica pediatra.
Mas era indisciplinada, não estudava para as provas, não lia livros, não tinha garra. Os amigos não davam nenhum crédito a ela quando dizia que ia ser pediatra; Vivia sua vida sem grandes tempestades, até que passou pelo mais dramático vendaval, pela mais angustiante experiência.
Sofreu algumas tonturas, desmaios, e começou a ter sintomas que preocuparam seus pais.
Feitos alguns exames, diagnosticou-se um tumor cancerígeno.
Foi realmente um grande choque. O mundo desabou. Ela precisava lutar contra um inimigo que não via, e que estava dentro dela.
Passou por algumas cirurgias, quimioterapia, e seus longos e loiros cabelos começaram a cair.
Perdeu o ânimo de se vestir, de se cuidar. Já não sorria, não só pelo medo da doença, mas também por se sentir feia, diminuída e rejeitada.
E assim, construiu conflitos que a bloquearam. Perdeu o prazer de ir à escola, se isolou e se deprimiu.
Karen não devia se deprimir, pois uma pessoa deprimida cuida menos da sua qualidade de vida, diminui sua imunidade, enfraquece sua resistência para lutar contra o câncer.
Precisava de garra para batalhar pela vida.
Certo dia, andava muito abatida nos corredores do hospital em que se tratava. De repente, ouviu gritos de alguns meninos dentro de uma sala.
Resolveu entrar.
Ao entrar teve um choque.
Viu seis crianças brincando com bexigas. E o que mais a abalou era que todas estavam com a cabeça brilhante.
Todas estavam em tratamento de câncer.
Convidaram-na para entrar na brincadeira, porém ela se recusou.
Então, uma menina de seis anos, pegando nas suas mãos a levou para o centro da sala.
Ao ver o sorriso das crianças e a vontade de viver espelhada nos seus rostos, ela finalmente entrou na folia.
Pulou e brincou. Parecia que o mundo tinha parado.
Ao mesmo tempo que se divertia, lembrou do sonho de ser pediatra.
Começou a freqüentar aquela sala, e quanto mais freqüentava, mais se sentia fortalecida.
As palavras de incentivo que seus pais lhe haviam dito anteriormente, começaram a germinar. Agora ela pedia forças para lutar pela vida e pelos seus sonhos.
Fortaleceu-se tanto que, mesmo com a queda de cabelo, resolveu voltar à escola.
Antes de entrar na sala, lembrou-se dos tempos que brincava, mexia com os colegas e se divertia sem preocupações...
Todavia, ao entrar na sala Karen levou um susto. Ficou perplexa. Não conseguia acreditar na imagem que via.
Viu a solidariedade! Viu a maioria de seus amigos e suas amigas, calvos.
E eles disseram que rasparam a cabeça para mostrar que estavam juntos nessa luta. Para mostrar que a amavam do jeito que estava, e que ela era linda mesmo sem cabelo.
Karen foi abraçada e beijada por todos seus amigos. Estava admirada diante de tanta manifestação de carinho.
Raramente o amor foi tão longe.
Karen se soltou. Começou a conviver sem medo com as pessoas. Seu ânimo se reacendeu.
Por fim, triunfou. Venceu o câncer.
Foi disciplinada. Começou a se destacar nos estudos e transformou seu sonho em realidade.
Pense nisso!
Os sonhos não determinam o lugar aonde vamos chegar, mas produzem a força necessária para tirar-nos do lugar que nos encontramos.
Sonhos são mais que desejos.
Um sonho é um projeto de vida. Resiste aos problemas, pois suas raízes se nutrem nos mananciais profundos da personalidade.
Pense nisso!
Fonte: cap. 01, do livro Filhos brilhantes, alunos fascinantes, de Augusto Cury, Academia de Inteligência.

14 junho 2006

Hawking: humanidade deve migrar ao espaço para sobreviver

Segundo ele, o risco crescente de um desastre na Terra faz com que tenhamos que procurar um novo lugar para viver.
HONG KONG - A sobrevivência da raça humana depende de sua habilidade de encontrar novos lares em qualquer lugar no universo, já que há um risco crescente de um desastre destruir a Terra, disse nesta terça-feira o renomado cientista Stephen Hawking.
O astrofísico britânico disse, em uma conferência em Hong Kong, que os humanos poderiam ter uma base permanente na Lua em 20 anos e uma colônia em Marte nos próximos 40.
"Não encontraremos nenhum lugar tão bom quanto a Terra a não ser que viajemos para outro sistema estelar", acrescentou Hawking.
Segundo ele, se os humanos puderem evitar se matar entre si mesmos nos próximos cem anos, eles deverão ter instalações espaciais que poderão continuar sem o suporte da Terra.
"É importante para a raça humano se disseminar pelo espaço, pela sobrevivência das espécies", disse Hawking. " A vida na Terra está em risco crescente de ser exterminada por um desastre, como o aquecimento global, guerra nuclear, um vírus geneticamente modificado ou outros perigos que ainda não pensamos".
O cientista de 64 anos - autor do best-seller Uma Breve História do Tempo - anda de cadeira de rodas e se comunica com a ajuda de um computador pois sofre de um distúrbio neurológico chamado esclerose lateral amiotrófica, ou ELA.
Fonte: Estadão

13 junho 2006

Ensayo clínico con Arimoclomol

Un nuevo ensayo clínico para estudiar los efectos del compuesto arimoclomol, desarrollado por la CyRx (cuenta con el permiso de la FDA), una industria biofarmacéutica de Los Angeles, se está iniciando en 10 centros de EEUU.
El estudio incluirá a 80 personas con ELA que tengan por lo menos 18 años, no dependientes del respirador, que manifiesten los síntomas de la ELA desde no más de 5 años, y reúnan otros parámetros en examen.
Los investigadores evaluarán la seguridad del arimoclomol; analizarán cómo viene metabolizado el fármaco y evaluarán los posibles efectos sobre la progresión de la enfermedad.
Algunos participantes recibirán el fármaco, mientras a los otros les será suministrado un placebo.
Arimoclomol es una pequeña molécula que ha sido diseñada para estimular una vía metabólica para la reparación celular activando moléculas llamadas "chaperones moleculares". Ha sido demostrado que es capaz de alargar la vida de ratones enfermos de ELA y que es bien tolerada en un grupo de voluntarios sanos.
Para más detalles y posterior información consultar la siguiente página: www.clinicaltrials.gov

09 junho 2006

O reencontro com a vida

Depois de nove anos confinada às quatro paredes da casa, Maria Helena Arruda redescobriu a vida com uma cadeira de rodas eléctrica.

A cadeira de rodas eléctrica desliza suavemente pelo empedrado de uma das ruas do centro histórico de Santarém. Maria Helena Arruda conduz a máquina com a força que ainda conserva na mão direita. Ocupa um lugar na esplanada do Largo do Seminário. Sem precisar de qualquer tipo de ajuda. E sorri.
Nove anos depois de viver enclausurada entre as quatro paredes da casa Maria Helena, 40 anos, portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica, decidiu finalmente partir à aventura da vida. Ao comando da cadeira de rodas eléctrica oferecida pelo empresário Armando Cardoso o Natal passado. O presidente do conselho de administração da Conforlimpa foi o único a responder ao apelo lançado pela prima de Maria Helena, Isilda Arruda.
A pose da mulher, de ar descontraído, profundamente feliz, não faz ninguém ficar indiferente. Até há quem julgasse que já tivesse partido. “Esta mulher é um espectáculo”, diz um amigo que já não reencontrava há 20 anos.
Às sete da manhã Maria Helena já está de olho aberto. Antes de ir para o trabalho o marido ajuda-a na higiene diária. Veste-a, coloca-lhe a pulseira e o colar. Estende-lhe a mala sobre o colo. Maria Helena enfrenta sozinha a íngreme Calçada do Monte, onde reside, até ao centro da cidade.
A cadeira eléctrica desce o passeio do prédio numa zona mais gasta. E segue em plena faixa de rodagem subindo a calçada. Há condutores que buzinam. Alguns comentam. Outros sorriem. Elogiam a coragem. Ninguém fica alheio à passagem da mulher.
Maria Helena debate-se todos os dias com as barreiras arquitectónicas. A maioria dos passeios não está rebaixada. “No dia que um presidente da Câmara de Santarém tiver um filho deficiente tudo isto muda”, lamenta.
Os funcionários da pastelaria onde passa todos os dias já a conhecem. Servem-lhe o café à boca. A senhora da perfumaria coloca-lhe o rímel e a sombra. As amigas das lojas do centro histórico são a sua companhia. É lá que passa o dia. “Somos muito mais felizes desde que a Maria Helena está connosco. É uma lição de vida”, comentam.
Maria Helena nunca mais dormiu a sesta para matar as horas do dia. Deixou de passar o dia em pijama para não dar trabalho. Não mais precisou de pedir que lhe comprassem um presente. É ela quem calcorreia as lojas do centro histórico e do centro comercial. Experimenta sandálias, fatos de banho, veste roupas e vai ao cabeleireiro.
Antes de ir para casa passa no hipermercado. Curiosamente é aí que encontra as maiores dificuldades. “Quando as pessoas ouvem a frase: ‘dá-me uma ajuda? ‘ Acham logo que se está a pedir dinheiro”.
Foi também por isso que numa destas tardes em que partiu à aventura pelo centro histórico de Santarém, Maria Helena foi surpreendida por alguém que lhe colocou uma moeda na mão.
Apesar da incompreensão de alguns o reencontro com as pessoas foi o que de melhor lhe trouxe a cadeira. O equipamento até tem um sistema de telemóvel, mas a Maria Helena bastaram-lhe os anos em que o telefone era a sua única ligação com o mundo.Foram precisos quatro meses e a chegada da Primavera para se aventurar no mundo real com a cadeira. Começou com ajuda do marido, nas traseiras do prédio. Para perder o medo. Como quem aprende a andar de bicicleta. Hoje é o companheiro que fica preocupado quando são oito da noite e Maria Helena não regressou ainda da rua.
Fonte: O Mirante

08 junho 2006

Harvard entra na corrida por clone de embrião humano

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos EUA, disseram ontem ter iniciado esforços para produzir embriões humanos clonados como fontes de células-tronco, usando verbas privadas para contornar restrições federais sobre o trabalho. br br A chamada clonagem terapêutica, que permitiria criar células-tronco sob medida para cada paciente, ainda não foi obtida. O trabalho mais célebre nesse sentido, o do veterinário coreano Woo-Suk Hwang, se revelou uma fraude, devolvendo esse campo à estaca zero. br br Os cientistas de Harvard, agora, estudam como as células-tronco embrionárias são geneticamente programadas. " Nosso objetivo a longo prazo é criar células-tronco embrionárias a partir dos tecidos do paciente, corrigir os defeitos genéticos e reimplantar as células reparadas nos pacientes" , disse George Daley, do Hospital Infantil de Boston. Entre as moléstias na mira dos cientistas está a esclerose lateral amiotrófica cujo paciente mais famoso é o físico Stephen Hawking e o diabetes. br br Esse tipo de pesquisa esbarra em objeções morais porque, para obter as células-tronco, os embriões clonados precisam ser destruídos. Para alguns, isso equivale a assassinato. br br Países como a Coréia do Sul e o Reino Unido permitem a clonagem terapêutica, mas nos EUA esse tipo de pesquisa, por lei, não pode ser feito com financiamento federal. Um dos cientistas do grupo de Harvard, Douglas Melton, já trabalha com financiamento privado na produção de células-tronco embrionárias humanas. br br No ano que vem, a maior universidade americana deve inaugurar seu Instituto de Células-Tronco.
Fonte: Folha de S.Paulo

07 junho 2006

esclerosis lateral amiotrófica (ELA)

El inicio y la progresión de la enfermedad neurodegenerativa esclerosis lateral amiotrófica (ELA) está controlada por dos tipos distintos de células del sistema nervioso, según un estudio de la Universidad de California en La Jolla (Estados Unidos) en el que los investigadores han utilizado silenciamiento genético en células específicas. Las conclusiones de la investigación se publican en la revista 'Science'.
Las mutaciones en una enzima llamada SOD1 que daña las neuronas es una de las causas conocidas de la ELA. Los científicos controlaron la expresión de la SOD1 mutante en diferentes tipos de células en ratones para determinar precisamente cómo el tipo de célula en el que la SOD1 mutante está presente afecta al curso de la enfermedad.
Descubrieron que la SOD1 mutante en neuronas motoras desencadena la ELA al iniciar los daños sobre estas neuronas, activando la enfermedad. Cuando la enzima mutante está también presente en las células inflamatorias alrededor de las neuronas motoras de la médula espinal, la enfermedad progresa de forma más rápida.
Si estos resultados se confirman en humanos, la terapia de ELA podría ser eficaz a través de tratamientos dirigidos únicamente a un tipo de célula no neuronal, como las células inflamatorias. Según los científicos, tales tratamientos podrían ralentizar la progresión de la enfermedad pero no evitarían su inicio.

Fonte: http://www.europapress.es/

06 junho 2006

CRIADOR DA OVELHA DOLLY PROPÕE CLONAGEM DE BEBÊS

LONDRES, 5 JUN (ANSA)- O criador da ovelha Dolly, o professor Ian Wilmut, propôs a clonagem genética de bebês para prevenir graves doenças hereditárias.
Wilmut, que escreveu um livro intitulado "Alter Dolly" (Depois de Dolly) junto ao editor de ciência do jornal Daily Telegraph, Roger Highfield, apontou que quando provarem que as técnicas de clonagem são seguras, a sociedade deveria considerar a clonagem genética de bebês para prevenir doenças sérias.
O professor da Universidade de Edimburgo, na Escócia, considera que para clonar um embrião humano em um laboratório tratam-se cerca de 100 células, e esse procedimento não é o mesmo que seria utilizado para clonar uma pessoa.
Este último processo, que Wilmut chama de "transferência do núcleo celular", foi o mesmo que utilizou no Instituto Roslin para criar a ovelha Dolly, em 1996.
A clonagem também possibilita a passagem de dados genéticos precisos para outras células, como demonstrou em 1997, quando sua equipe apresentou a Dolly, uma ovelha alterada geneticamente.
"Os médicos deveriam poder oferecer aos casais que se submetem a tratamentos de fertilização assistida (IVF) a oportunidade de conceber os bebês com métodos que corrijam deficiências genéticas apartir da clonagem", afirmou o professor.
O bebê criado seria idêntico ao embrião original criado, mas sem os genes que poderiam gerar doenças hereditárias.
Em seu livro "After Dolly", Wilmut conclui que uma vez que esse procedimento seja aperfeiçoado e seu resultado seja seguro, não será considerado imoral ou anti-ético já que evitará doenças graves no bebê.
O cientista está trabalhando atualmente com especialistas do Instituto de Psiquiatria de Londres, para clonar embriões de pessoas com a doença esclerose lateral amiotrófica (ALS), e desta forma conseguir embriões livres dessa grave condição.
Fonte: ANSA

05 junho 2006

Esquecer faz bem para a memória

Cientista afirma que não se lembrar de algumas coisas é 'necessário e inevitável' para uma vida saudável

Todo mundo esquece um guarda-chuva, um aniversário ou uma reunião importante de vez em quando. Alguns, claro, com mais freqüência do que outros. Mas não há com o que se preocupar. Esquecer as coisas, segundo o cientista Iván Izquierdo, é essencial para uma vida saudável. "Não só é preciso, como inevitável", garante o professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, um dos maiores especialistas em memória do País.
Imagine se você se lembrasse de cada palavra, cada som, cada imagem, cada cheiro e cada sensação que passa pelos seus sensos ao longo da vida. Por mais fantástico que seja o cérebro humano, seria impossível processar e armazenar tantas informações.
Segundo Izquierdo, a maior parte do que vemos, ouvimos, cheiramos e sentimos é esquecida, naturalmente. As informações são mantidas apenas momentaneamente - tempo necessário, por exemplo, para se lembrar das últimas palavras desta frase e seguir adiante no texto. Ainda assim, ao virar a página, boa parte do que está escrito aqui será esquecido. Com alguma sorte, ficará a lembrança do recado principal: de que esquecer, afinal de contas, é humano.
Iván Izquierdo é coordenador do Centro de Memória do Instituto de Ciências Biológicas da PUC-RS e autor de vários artigos e livros sobre o tema, incluindo A Arte de Esquecer (2004). Veja os principais trechos da entrevista ao Estado.
Por que nos esquecemos das coisas?
Primeiro, porque é inevitável. Esquecemos a maior parte das coisas que nos acontecem ou que alguma vez soubemos. Algumas coisas ficam presentes na cabeça e a gente não lembra, mas muitas coisas a gente esquece de verdade. Geralmente, nos lembramos dos momentos mais emocionantes. Todo mundo sabe o que estava fazendo no dia em que o Ayrton Senna morreu. Mas o que estávamos fazendo no dia anterior ou no seguinte não temos a menor idéia. Essa informação foi perdida, porque não aconteceu nada emocionante. Em segundo lugar, é preciso esquecer, por várias razões. Uma delas é que os mecanismos formadores e evocadores de memória se saturam. Se nos lembrássemos de tudo, não teríamos como lembrar ou aprender coisas novas.
A memória, então, tem uma capacidade máxima?
Por minuto ou por segundo, sim. É como o Oceano Atlântico saindo por um cano - o oceano seria a memória e o cano, a capacidade de aprender ou de lembrar. O cano tem uma capacidade máxima de tantos metros cúbicos e não mais do que isso. Mas o oceano, não: se você joga 1 litro ou tira 20 litros não faz diferença. Ao longo do tempo, por outro lado, a memória tem uma capacidade indefinidamente grande, muito maior do que pensamos. Não há limite: quanto mais tempo passa, mais memórias se acumulam.
O que quer dizer, então, que a memória fica saturada?
Fica saturada por segundo, por unidade de tempo. Temos um certo número de células executando uma certa função a partir de certas enzimas. Não dá para fazer mais do que isso.
Como a memória é armazenada no cérebro?
Por meio de modificações estruturais e funcionais nas sinapses - as conexões entre neurônios. Cada célula nervosa recebe axônios de cerca de 10 mil outras células e emite outras cem a mil ligações para outros neurônios, então o número de conexões é enorme.
Como o cérebro seleciona o que fica guardado e o que é esquecido?
Pelo uso. A memória, para ser mantida, tem de ser recriada de tempos em tempos. É usando que a preservamos. Se não usamos uma memória, a sinapse acaba morrendo por falta de uso e a memória desaparece.
Quantas memórias podem ser armazenadas em cada sinapse?
Impossível dizer. O número de conexões que existe entre as células nervosas é tão gigantesco que é impossível determinar a função de uma sinapse individual. As memórias ficam guardadas em uma rede de milhares de sinapses, não em uma sinapse específica. Elas estão distribuídas por todo o cérebro. Por isso é possível sofrer uma lesão cerebral grande e ainda manter algumas memórias, mas não todas.
O que é a imagem que se forma na nossa mente quando lembramos de alguma coisa?
Ela provavelmente está se formando no córtex visual. Mas esse é, talvez, o último grande mistério da memória. Quando recebemos uma informação, ela é adquirida por meio de coisas tangíveis, que vemos ou tocamos. Porém, armazenamos isso através de um código que não conhecemos (jamais saberemos exatamente como funciona o código sináptico de cada memória) e, quando evocamos essa memória, ativamos isso que você falou: uma imagem visual, virtual, que pode, inclusive, vir acompanhada de sons e cheiros. Ou seja, estamos passando de algo real a um código desconhecido e, finalmente, a algo virtual. Há duas fronteiras sendo transpostas.
Lembramos poucas coisas da nossa infância, mas às vezes nos lembramos de coisas banais, aparentemente sem importância. Por quê?
Provavelmente aquilo teve alguma importância emocional na hora. Talvez no primeiro momento que você viu uma maçã, isso lhe causou uma emoção. Depois, nunca mais. Mas essa imagem ficou guardada. Às vezes gravamos besteiras emocionais e, às vezes, coisas sérias sem maior emoção.
Às vezes esquecemos o que acabamos de pensar. Por exemplo, você lembra que precisa pegar algo antes de sair de casa, mas, quando sai, esquece. Por quê?
A imensa maioria dos esquecimentos do dia-a-dia ocorre por distração. A gente passa a pensar em outra coisa e essa outra coisa ocupa o lugar daquilo que precisávamos lembrar. Trabalhamos com os mecanismos da memória sempre no limite máximo, e é nessas situações que a saturação é notada.
Quando esquecemos de alguma coisa, é porque a memória está lá e não conseguimos lembrar, ou porque ela desapareceu de fato?
Tem as duas coisas. A arte de esquecer consiste em fazer de conta que esquecemos. Muitas vezes, a gente simplesmente joga a memória para escanteio, tornando-a menos acessível. Chamamos isso de esquecimento, mas não é um esquecimento real. Reprimimos uma memória e ela fica mais difícil de ser alcançada. Mas, de fato, há memórias que são perdidas. Quase sempre por falta de uso ou por morte sináptica.
Que controle temos sobre nossa memória? Quanto dela é consciente e quanto é inconsciente?
Uma parte é consciente, mas a maior parte é automática, feita pela memória de trabalho, que funciona como um gerente geral de informações. Ela decide em cada momento o que fica e o que vai embora. Basicamente, o local de decisão está no córtex pré-frontal, e boa parte das decisões é inconsciente.
Por que há coisas que queremos lembrar, mas não conseguimos? Numa prova, por exemplo?
O branco, como se diz na escola, é resultado de uma influência hormonal. Em momentos de angústia e ansiedade, a glândula supra-renal secreta corticóides, que chegam ao cérebro e atingem o núcleo da amígdala - reguladora, entre outras coisas, da evocação da memória. Na amígdala, o mecanismo que libera noradrenalina é inibido pelos corticóides. Quando a amígdala tenta ativar uma memória não consegue, porque os corticóides abafam a lembrança.
Quanto mais praticamos nossa memória, melhor ela fica?
Sim. Esse é o exemplo de que "a função faz o órgão". Praticar a memória é a melhor maneira de mantê-la, e ler muito é a melhor maneira de fazer isso. Sem praticar, as sinapses se atrofiam e você pode perder a memória por completo. Uma pessoa muito ignorante é condenada a ter memória ruim.
Qualquer pessoa que exercitar o cérebro terá uma boa memória, ou há pessoas que são, mesmo, mais esquecidas do que as outras?
Algumas pessoas têm a memória melhor do que outras, Deus sabe lá por quê. Aquelas que praticam certamente vão ter uma memória melhor. As mais esquecidas, em geral, são as mais distraídas.
Fonte: Estadão

03 junho 2006

UMA GOTA DE ÁGUA

Você já parou, alguma vez, para observar uma gota d`água?
Sim, uma pequena gota d`água se equilibrando na ponta de um frágil raminho...
Com graciosidade a gotícula desafia a lei da gravidade, se balançando nas bordas das folhas ou nas pétalas de uma flor.
São gotas minúsculas, que enfeitam a natureza nas manhãs orvalhadas ou permanecem como pequenos diamantes líquidos, depois que a chuva se vai.
É por isso que um bom observador dirá que a vida seria diferente se não existissem gotas de água para orvalhar a relva e amenizar a secura do solo.
Madre Tereza de Calcutá foi uma dessas almas sensíveis.
Um dia, um jornalista que a entrevistava disse-lhe que, embora admirasse o seu trabalho junto aos pobres e enfermos, considerava que o que ela fazia, diante da imensa necessidade, era como uma gota d`água no oceano.
E aquela pequena sábia-mulher, lhe respondeu: "sim, meu filho, mas sem essa gota d`água o oceano seria menor."
Sem dúvida uma resposta simples e extremamente profunda.
Pois sem os pequenos gestos que significam muito, a vida não seria tão bela...
Um aperto de mão, em meio à correria do dia-a-dia...
Um minuto de atenção a alguém que precisa de ouvidos atentos, para que não caia nas malhas do desespero...
Uma palavra de esperança a alguém que está à beira do abismo.
Um sorriso gentil a quem perdeu o sentido da vida.
Uma pequena gentileza diante de quem está preso nas armadilhas da ira.
O silêncio, frente à ignorância disfarçada de ciência...
A tolerância com quem perdeu o equilíbrio.
Um olhar de ternura para quem pena na amargura.
Pode-se dizer que tudo isso são apenas gotas d`água que se perdem no imenso oceano, mas são essas pequenas gotas que fazem a diferença para quem as recebe.
Sem as atitudes, aparentemente insignificantes, que dentro da nossa pequenez conseguimos realizar, a humanidade seria triste e a vida perderia o sentido.
Um abraço afetuoso, nos momentos em que a dor nos visita a alma...
Um olhar compassivo, quando nos extraviamos do caminho reto...
Um incentivo sincero de alguém que deseja nos ver feliz, quando pensamos que o fracasso seria inevitável...
Todas essas são atitudes que embelezam a vida.
E, se um dia alguém lhe disser que esses pequenos gestos são como gotas d`água no oceano, responda, como madre Tereza de Calcutá, que sem essa gota o oceano de amor seria menor.
E tenha certeza disso, pois as coisas grandiosas são compostas de minúsculas partículas.
Pense nisso!
Sem a sua quota de honestidade, o oceano da nobreza seria menor.
Sem as gotas de sua sinceridade, o mar das virtudes seria menor.
Sem o seu contributo de caridade, o universo do amor fraternal seria consideravelmente menor.
Pense nisso!
E jamais acredite naqueles que desconhecem a importância de um pequeno tijolo na construção de um edifício.
Lembre-se da minúscula gota d`água, que delicadamente se equilibra na ponta do raminho, só para tornar a natureza mais bela e mais romântica, à espera de alguém que a possa contemplar.
E, por fim, jamais esqueça que são essas mesmas pequenas e frágeis gotas d`água que, com insistência e perseverança conseguem esculpir a mais sólida rocha.
Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

As pilhas diferentes determinam estágios da progressão de ALS nos ratos

Roberta Friedman, Ph.D.,
ALSA Research Department Information Coordinator

CeResearchers diferente que trabalha com Don Cleveland, Ph.D., publicado na ciência do jornal que a ação em pilhas glial de uma proteína do mutant ligada a alguns formulários herdados de ALS poderia ser chave para a progressão da doença, quando sua presença nos neurônios do motor pôde ser o disparador. Esclarecendo o papel de cada pilha no sistema nervoso em produzir o sclerosis de lateral amyotrophic (ALS, sabido também como a doença de Lou Gehrig), os investigadores estão pavimentando a maneira a uma aproximação therapeutic em que as drogas puderam ser alvejadas às pilhas específicas e aos processos que medíam. “Nós somos deleitados ver tal progresso,” disse Lucie Bruijn, Ph.D., diretor da ciência e vice-presidente da associação de ALS (ALSA), “o estudo deu-nos realmente um aperto melhor do processo da doença que deve traduzir em avanços therapeutic. os” lls determinam estágios da progressão de ALS nos ratos.
Fonte: http://www.alsa.org/
Tradução: http://translate.google.com/translate_t

02 junho 2006

Música pode reduzir dor crônica, afirma estudo

Uma pesquisa feita nos Estados Unidos confirmou que ouvir música pode ter um efeito positivo sobre pessoas que sofrem de dores crônicas.
A equipe de pesquisadores testou os efeitos de música em 60 pacientes que há anos sofriam de dores crônicas.
De acordo com o estudo, divulgado pela publicação especializada Journal of Advanced Nursing, a redução dos níveis de dor daqueles que ouviam música foi 21% superior do que a dos que não ouviam. O índice dos que sentiam depressão em decorrência da dor crônica também diminuiu 25%, enquanto que o índice dos que não escutavam música com regularidade permaneceu inalterado.
Os participantes da pesquisa foram pessoas que que vinham sofrendo de condições como osteoartrite, problemas de disco e artrite reumática há mais de seis anos.
Ouvintes e não-ouvintes
A maior parte dos pesquisados relatou que a dor atingia mais de uma parte de seus corpos e era contínua. Dentre eles, algums ouviam música música através de fones de ouvido durante uma hora por dia, enquanto que o restante não compartilhava do mesmo hábito.
Entre os que ouviam música, metade era capaz de escolher suas músicas favoritas e os demais podiam escolher a partir de uma lista de cinco fitas relaxantes oferecidas pelos pesquisadores.
"Nossas conclusões mostraram que ouvir música tinha um efeito estatístico considerável nos dois grupos, reduzindo sensações de dor, depressão e incapacidade e aumentando sensações de poder. Portanto, qualquer coisa capaz de aliviar a dor é bem-vinda", afirma a dra Sandra Siedlkecki, da Cleveland Clinic Foundation, instituição por trás do estudo.
Uma pesquisa anterior publicada na mesma revista que divulgou o recente estudo já havia revelado que ouvir música suave durante 45 minutos antes de dormir pode aumentar o sono em até um terço.
Fonte: BBC

01 junho 2006

Reze pelo paciente, mas não conte a ele

A ciência tem uma arma poderosa para testar se um tratamento tem o efeito esperado. Ela se chama estudo duplo-cego randomizado. Seu poder vem do fato de ela permitir que se conheça a eficiência de um tratamento mesmo quando não se sabe como ele atua. Recentemente esse tipo de estudo foi utilizado para determinar se rezar pelo sucesso de uma operação cardíaca afeta o resultado da operação. O resultado foi surpreendente.
Apesar do nome, um estudo duplo-cego randomizado é simples. Primeiro se selecionam os pacientes, depois eles são divididos de maneira aleatória nos grupos que recebem ou não recebem o tratamento. O mais difícil é garantir que os pacientes, os médicos e todas as pessoas que vão avaliar o resultado do tratamento não saibam a que grupo o paciente pertence enquanto executam suas tarefas. Daí o nome duplo-cego. Só depois de tudo terminado é que o código é quebrado e os resultados analisados.
Nesse estudo sobre reza e o sucesso de cirurgias cardíacas foram incluídos pacientes de seis hospitais que necessitavam de uma ponte de safena. Os pacientes foram divididos em três grupos. Os 601 pacientes do primeiro grupo foram informados que comunidades de fiéis rezariam para que "a operação fosse bem-sucedida e que não houvesse complicações". Os 604 pacientes do segundo grupo foram informados que talvez fossem incluídos no grupo que receberia rezas e de fato foram incluídos entre os que receberam rezas. Os 597 pacientes do terceiro grupo também foram informados que talvez fossem incluídos no grupo que receberia rezas, mas, de fato, não foram incluídos. No dia da operação, e nos 14 dias subseqüentes, os nomes dos pacientes dos grupos "com reza" foram enviados para três igrejas (uma protestante e duas católicas) e foram lembrados nominalmente em todas as orações e rezas das congregações. Todos os pacientes foram acompanhados por 30 dias após a cirurgia e as pequenas complicações foram documentadas. Terminado o experimento, os cientistas analisaram os dados.
Entre os pacientes do grupo que não recebeu rezas, 51% apresentaram pequenas complicações, como arritmias, febre, etc. Entre os que receberam rezas sem saber que as receberiam o resultado foi estatisticamente idêntico, 52% apresentaram complicações. Isso sugere que rezas ministradas nas condições do estudo, onde quem reza não pertence à família e não conhece o paciente, não influenciam o resultado da cirurgia. O surpreendente é que entre os pacientes que foram avisados de que com certeza receberiam intercessões, 59% apresentaram complicações, um número que apesar de semelhante é estatisticamente maior do que os 52% do grupo que recebeu mas não tinha certeza de que receberia.
Esse resultado sugere que os pacientes que sabiam que iriam receber rezas apresentam um número maior de complicações. Os cientistas acreditam que isso pode ser explicado pela tensão extra a que eles estavam submetidos por suporem que "se tanta gente está rezando, meu problema deve ser sério". Portanto, se você decidir pedir a Deus pela saúde de alguém que vai sofrer uma cirurgia, peça, mas não avise o paciente.
Mais detalhes em Study of the Therapeutic Effects of Intercessory Prayer in Cardiac Bypass Patients, Am. Heart J., vol. 151, pág. 762, 2006.
Fonte: O Estado de S.Paulo